quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Rede de farmácias é condenada por crime de racismo

Ex-funcionária, que denunciou a empresa, era obrigada a trabalhar no turno da noite porque “sua cor combinava com a escuridão”.

A rede de farmácias Extrafarma (Imifarma Produtos Farmacêuticos e Cosméticos S/A) foi condenada a pagar R$ 30 mil em indenização por danos morais decorrentes de discriminação racial contra uma ex-funcionária da empresa. A decisão foi proferida na semana passada, pelo juízo da 4ª Vara do Trabalho de Macapá.

Consta em petição inicial do processo trabalhista, datada de 9 de junho deste ano, que a ex-funcionária de pele negra era obrigada a trabalhar no turno da noite porque “sua cor combinava com a escuridão”.
A escala de trabalho com aspectos discriminatórios era estabelecida pela então gerente da farmácia, Patrícia Rocha, demitida após o episódio, segundo informou o sub-gerente da empresa. Ele disse não ter autorização para falar sobre o assunto, e acrescentou que somente a matriz da Extrafarma, em Belém, responde pela rede de lojas.  
A ex-funcionária, que terá o nome preservado nesta reportagem, ingressou na Justiça com pedido de reconhecimento da rescisão trabalhista indireta, verbas rescisórias e a condenação da empresa a pagamento de indenização por danos morais sob a alegação de que sofreu discriminação e humilhação em seu local de trabalho, a ponto de sentir-se obrigada a parar de trabalhar. Inicialmente, o pedido de reparo financeiro alcançou a quantia de pouco mais de R$ 91 mil.(jornal A Gazeta)

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