segunda-feira, 18 de abril de 2011

Deputada presa na operação "Mãos Limpas" da PF é eleita presidente da Comissão de Direitos Humanos da AL


Após tentar rasgar o Regimento Interno, a deputada Marília Góes (PDT) foi eleita presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amapá.

Aconteceu nesta segunda-feira, 18, durante a primeira sessão de instalação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amapá (CDH-AL), a eleição da presidência e vice-presidência. 

Na ocasião a deputada Cristina Almeida (PSB), utilizando-se das prerrogativas do Regimento Interno, questionou o ato unilateral da Mesa-Diretora da AL-AP, presidida pelo deputado estadual Moisés Sousa (PSC), que havia baixado uma Portaria elegendo de maneira antidemocrática a deputada estadual Marília Góes (PDT) presidenta da comissão, ferindo assim, a lei que rege os atos da Casa.

A Portaria Nº 3862/2011-AL já dava como eleita a deputada Marilia Góes, sem ao menos ter tido eleição entre os membros da CDH-AL/AP. Mas diante de mais uma tentativa de golpe regimental do grupo que dirige a Mesa Diretora, a deputada Cristina Almeida citou o Artigo 39 do Regimento Interno da AL e uma nova eleição foi feita.

Segundo o Art. 39. As comissões, dentro dos 5 (cinco) dias seguintes à sua constituição reunir-se-ão para eleger o Presidente e o Vice-Presidente e, no caso de comissões temporárias, também o relator.

A deputada Cristina Almeida foi muito feliz e sabiamente fez valer o Regimento Interno da AL, inclusive candidatando-se ao cargo de presidenta.

A sessão da CDH-AL contou com a presença de apenas 3 deputadas: Marilia Góes, Cristina Almeida e Mira Rocha. A parlamentar do PSB foi voto vencido e a pedetista foi eleita presidenta da CDH-AL, tendo como vice, Mira Rocha (PTB).

A deputada Marilia Góes (PDT), que já foi primeira dama e comandou a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social no governo Waldez Góes, responde processo criminal e foi presa durante a operação “Mãos Limpas” da Polícia Federal, deflagrada no dia 11 de setembro de 2011. Góes é acusada de participar de um grande esquema de corrupção que pode ter desviado quase 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Sem dúvida uma grande contradição política que mais uma vez serviu para desmoralizar o legislativo estadual.

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