A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) volta a realizar o pagamento do fornecimento de energia pela Eletronorte. A última parcela da fatura de Fev/2011 foi quitada nesta terça-feira, 5, no valor de R$ 3.217.906,11, fechando o total de R$ 9.653.718,33 pagos pela direção da empresa ao seu principal credor.
Desde 2006, a CEA deixou de pagar a energia que compra da Eletronorte, um dos motivos para a decretação da sua caducidade pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor energético, e pelo endividamento da empresa. A questão está em discussão no Ministério das Minas e Energia (MME).
O presidente da CEA, José Ramalho, informou que a retomada do pagamento da Eletronorte só foi possível devido ao aumento na arrecadação que em fevereiro alcançou pouco mais de R$ 15 milhões e em março estima-se ultrapassar os R$ 16 milhões. “Esse aumento é resultado do Programa de Recuperação da Receita que implantamos, através de um choque de gestão com adoção de medidas moralizadoras, antipáticas, mas necessárias para alcançar nosso objetivo de recuperar a Companhia e torná-la economicamente viável”, afirmou.
Outro fator destacado pelo presidente foi a retomada do pagamento das contas de consumo de energia pelo Governo do Estado, maior consumidor da CEA. “O executivo efetuou o pagamento das contas de janeiro a março, regularizando a sua situação com a empresa, neste exercício”, disse. Ramalho informou ainda que a Companhia também está honrando com suas obrigações com o fisco e que “foram renegociados todos os débitos da CEA com a Fazenda Pública Federal, como FGTS, INSS e IR, dentre outros”.
A fatura mensal da Eletronorte tem custo médio de R$ 10 milhões, variando de acordo com o consumo de energia, que é pago de 3 vezes. O pagamento de fevereiro, no valor total de R$ 9,65 milhões, foi efetuado nos dias 15 e 25 de março, duas parcelas num total de R$ 6,44 milhões e o restante nesta semana, quitando a fatura. Ao retomar o pagamento da Eletronorte, a diretoria da CEA demonstra na prática seu compromisso com fornecedores e consumidores e a disposição em resolver, definitivamente, o problema que se arrasta há anos. (Gilvana Santos)
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