Do sitio do Correa Neto
No meio militar (PM, CBM) já se ouvia burburinhos que um grupo restrito de oficiais superiores possui direitos que vão além do necessário, do ético, legal e moral. Mas com a publicação desses benefícios no site transparência pode-se notar que a extensão desses benefícios é um absurdo sem precedentes.
Trata-se do pagamento da gratificação de comando para os ex-comandantes quando na reserva (aposentadoria), ou seja, basta o coronel assumir o comando da corporação por no mínimo um mês e a gratificação incorpora aos vencimentos quando o militar termina sua “árdua” missão nas fileiras da corporação. O valor da gratificação é pouco mais de 8 mil reais, um bom salário para um país que possui um salário mínimo de pouco mais de 500 reais.
Seria ilegal e imoral a extensão de tal benefício somente aos ex-comandantes, mas como os militares que detém o controle das corporações perceberam que o governo que passou aceitava tudo, resolveram fazer uma extensão do benefício aos ex-chefes das casas militares, portanto, não só os ex-comandantes têm o “sagrado direito” de ganhar gratificação quando na reserva, como também os ex-chefes da Casa Militar do Palácio, da Assembléia e do Ministério Público, e pasmem, não contribuem com um real por isso. Quem paga essa conta é o executivo, tendo em vista não se tratar de benefício previdenciário.
Darei apenas um exemplo, o ex-deputado e coronel da reserva Macedo, ganha a gratificação por ter sido chefe da Casa Militar da Assembléia Legislativa por alguns meses. Está tudo no portal transparência.
E a conta fica para o trabalhador que tem que “ralar” todos os dias para ganhar um mísero salário mínimo, e pagar seus tributos, e ao final ver seu dinheiro sendo usado para beneficiar pequenos grupos da sociedade. Ressalte-se que isso é apenas a ponta do iceberg. Quem nos garante que os demais poderes não dão benefícios iguais para determinados servidores. Fica a revolta. Com a palavra as autoridades decentes do Estado.
(Este texto foi escrito por um militar da reserva, plenamente identificado. Quem entender por bem, tem o direito de contestar. O espaço fica aberto)
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