terça-feira, 19 de abril de 2011

Correa Neto: O “público interno” do PSB

Uma parte do grupo que chegou ao poder com as eleições de 2010, carregando a intenção de transformar o Estado do Amapá em um ente respeitável, através do controle da corrupção, devolvendo ao cidadão o direito de se beneficiar do dinheiro que paga ao governo, recolhendo impostos, já está tendo, e ainda vai ter muito mais trabalho para controlar uma parte do “público interno,” que vê a chegada ao poder como uma grande oportunidade para o enriquecimento ilícito, fazendo o mesmo que os outros têm feito até agora.

Há uma disputa acirrada pelo controle financeiro de Secretarias que movimentam grandes somas, em compras ou pagamentos por prestações de serviços.

Os interessados nesse controle estão apelando, inclusive, para a desestabilização de secretários, o que é feito com a veiculação de notícias falsas, com objetivo de provocar a exoneração dos secretários/alvos, facilitando a nomeação de pessoas “confiáveis”, dispostas a montar esquemas semelhantes ao que a Polícia Federal desbaratou há pouco tempo dentro da Secretaria de Saúde. E é exatamente o controle do setor de compras da Secretaria de Saúde o alvo preferencial de uma dessas quadrilhas, que vem minando o secretário Evandro Gama, apostando na possibilidade de indicar o próximo, se houver demissão, e daí em diante passar a controlar as compras do governo no setor de saúde, com alguém de confiança deles coordenando as ações. E isso tudo aí não é fantasia.

No final da semana passada recebi, em minha casa, a visita de um amigo com quem converso regularmente há muitos anos, que é, também, um dos dirigentes mais respeitados do PSB, e não tem mandato. Ele ouviu algumas das minhas inquietações, especificamente sobre o controle da corrupção na administração pública do Estado, e me disse exatamente o seguinte:
 
- ”o governador tem um grupo bem próximo, liderado pela esposa dele, a advogada Claudia Capiberibe, que acompanha esse jogo dos bastidores e sabe até nomes de jogadores envolvidos. Assim, mesmo que venha a ocorrer alguma substituição, o governador não será surpreendido por alguém de seu próprio lado, que tenha interesses inconfessáveis”. Mas o PSB vem tendo problemas não apenas com parte do seu ”público interno”. A panela está fervendo no lado do ”público externo”, aquele pedaço da “harmonia” carregado para dentro do governo por conta de compromissos assumidos durante a campanha eleitoral. Problemas nessa faixa, que estão provocando irritação nos setores da militância pessebista que exigem transparência, o pedido é de paciência:

“nós sabemos o que vem ocorrendo, mas não deu tempo, ainda, para resolver tudo o que precisa ser resolvido, disse o dirigente do PSB. (Do sítio do Correa Neto)

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