A população da zona Norte de Macapá será a primeira a sentir os efeitos positivos dos investimentos de recursos captados pelo governo do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Na manhã desta quarta-feira, 16, o governador Camilo Capiberibe, acompanhado do presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), José Ramalho, diretores da Companhia e do juiz federal Anselmo Gonçalves, deu início à construção da 1ª Etapa do Alimentador da rodovia Norte/Sul. A obra faz parte do plano que está recuperando e ampliando a rede de distribuição de energia elétrica estadual e, junto com a rodovia, integra o projeto de desenvolvimento do Norte da capital.
O Alimentador é um circuito elétrico principal, que inicia na subestação e distribui energia ao longo de seu percurso. Ele tem a capacidade de abastecer várias unidades consumidoras públicas e privadas. Entre os benefícios do Alimentador estão a possibilidade de realização de manobras de energia entre alimentadores das subestações Santa Rita e Macapá 2, em caso de necessidade de interrupção do fornecimento de energia elétrica.
No caso da rodovia, ela será totalmente iluminada e terá condições de distribuir energia para futuros conjuntos habitacionais que podem ser construídos no local. O primeiro beneficiado com a obra será a nova sede da Justiça Federal.
Os recursos para a construção do Alimentador foram captados pelo governo do Estado na administração anterior, mas não puderam ser acessados por inadimplência do GEA. Neste segundo semestre os esforços do governador e sua equipe foram recompensados com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que derrubou as inadimplências e o recurso foi liberado.
O total do empréstimo é de R$ 189 milhões, destes, R$ 18 milhões foram destinados para o setor elétrico. Para esta 1ª Etapa serão utilizados recursos da ordem de R$ 1 milhão.
O restante do valor para investimento em melhoria do fornecimento de energia será distribuído em mais 44 serviços, incluindo a 2ª Etapa da rodovia Norte/Sul e a construção do Alimentador no bairro Brasil Novo, que vai beneficiar o Instituto Federal do Amapá (Ifap), que inicia nos próximos dias. As obras estão programadas em todo o Estado.
Ainda em Macapá será ampliada a rede de distribuição de vários bairros, além da construção dos alimentadores Vale Verde e Expresso Amapá Shoping, que vai resolver o problema de energia em bairros como o Universidade, Zerão e outros localizados à margens da rodovia JK. No Laranjal do Jari vai iniciar a obra do Alimentador do Ifap daquela região, no bairro Cajari.
O presidente Ramalho falou sobre as dificuldades em dar ao povo a resposta para os problemas de energia mas que começam a ser resolvidos.
"Estamos trabalhando para resolver o fornecimento de energia em todo o Amapá. O Estado só vai se desenvolver com energia suficiente e, para isso, estamos trabalhando com alternativas. Mesmo com situação indefinida da Companhia, estamos fazendo esse investimento para melhorar o fornecimento", destacou o presidente.
Ele explicou ainda que espera uma resposta do Ministério das Minas e Energia sobre a proposta do GEA de divisão de responsabilidades da dívida de CEA com a União.
O governador Camilo Capiberibe disse ter consciência da urgência da população em ver os problemas resolvidos, mas que a CEA e o governo estão avançando.
"O povo espera por soluções há oito anos e assumimos o governo para resolver, estamos em processo de construção das mudanças, a culpa não é deste governo, mas é nossa a responsabilidade resolver. As obras da rodovia e do Alimentador irão integrar toda a cidade e o impacto vai facilitar a vida de todos os que moram no Amapá", pontuou o governador.
Ele falou ainda sobre a proposta encaminhada para o MME que disponibiliza ao Estado o valor de R$ 450 milhões para equacionar os problemas energéticos do Amapá.
"Aguardo a resposta e entrei em contato com a ministra Gracie Hoffmann cobrando um posicionamento. A responsabilidade é do Estado e da União, não queremos que eles paguem sozinhos a dívida, mas também não podemos arcar com tudo. Não dá para permitir que o dinheiro do BNDES, que será investido em saúde, educação e segurança pública, vá para essa dívida, já dissemos o valor que podemos nos comprometer", ponderou o gestor.
A obra inteira será concluída em duas etapas e compreende a extensão de aproximadamente 8 km de rede, começando na BR-210 até a rodovia Duca Serra. A 1ª etapa tem o prazo de 180 dias para a conclusão. Os postes estão sendo colocados, assim como a fiação, para que sejam feitos testes de carga. Em até seis meses a obra inteira será concluída. (Mariléia Maciel/Secom)
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