sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Que Senado nós queremos?

João Capiberibe / O GLOBO
 
Mais uma nova legislatura no Senado e a perspectiva de continuidade do mais do mesmo. Pelo andar da carruagem, somente com a criação de uma Frente Suprapartidária de senadores que prezam pelos bons costumes republicanos será possível oxigenar o Senado, acabando com a inércia.
 
O respaldo recebido dos cidadãos nas urnas é a razão maior para a criação desta Frente de senadores.
 
O Senado não pode continuar sendo alvo de um jogo de cartas marcadas, que nas últimas legislaturas geraram gestões atrasadas, equivocadas e que resultaram no descrédito da sociedade.
 
Infelizmente, estamos inertes, observando a banda passar sem questioná-la se está afinada com os anseios do povo ou se irá continuar nos levando ao fundo do poço.
 
Não podemos mais tolerar antigas práticas e desencontros.
 
Desde a redemocratização, o Executivo transformou o Legislativo em correia de transmissão dos interesses do Palácio do Planalto.
 
É preciso restabelecer a soberania do Senado e pôr um ponto final na subordinação. É a hora de nos insubordinarmos.
 
A construção de uma Frente de Senadores Suprapartidários é o embrião para o resgate da dignidade e da independência da Casa.
 
Afinal, uma nova Mesa Diretora será eleita quando fevereiro chegar e a primeira tarefa da Frente seria o lançamento de uma candidatura única para fazer frente ao candidato que representa a continuidade de práticas retrógradas.
 
O momento é oportuno. É hora de construir um novo rumo.
 
O Senado não pode continuar refém de uma minoria que vive de conceder favores à maioria.
* Senador (PSB-AP)

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