Reproduzo nota do jornalista Corrêa Neto e comento ao final pois considero este debate muito importante:
Geleia Geral 16/Fevereiro/2013
"Os recados do governador.
A Prefeitura de Macapá deve começar em dez dias os serviços de
recuperação das ruas da cidade, e isso sem esperar qualquer participação
do governo do estado nesse sentido, pelo menos de imediato. O
governador Camilo Capiberibe tem mandado
o mesmo recado por diversas pessoas chamadas por ele. O conteúdo é mais
ou menos o seguinte: “enquanto o Randolfe não disser claramente, aqui,
que não vai concorrer ao governo em 2014, vou deixar o Clécio a pão e
água. Ele não vai aguentar”.
Nesses termos, não acredito que o
senador se dobre. E na verdade, se agir da forma anunciada, o governador
estará penalizando os 450 mil habitantes do município, muitos dos quais
votaram nele, em 2010."
Sobre a nota acima tenho a esclarecer:
Não preciso mandar recados ao prefeito Clécio Luís pela simples
razão de ter um diálogo franco e aberto com ele sobre a política de
parcerias que, esclareço, está em discussão em vários setores.
Uma candidatura do senador Randolfe Rodrigues ao governo do Amapá é
uma decisão legítima e soberana do seu partido, PSOL, e não passa nem
por mim e nem pelo trabalho que podemos e deveremos fazer conjuntamente
pelo povo de Macapá.
Que parceria significa entendimento
entre visões diferentes, já que estamos em esferas distintas, e que
precisa respeitar a responsabilidade institucional de cada ente federado
sob o risco de confundir o cidadão sobre as obrigações de cada um.
Neste sentido anuncio o que já propus em nossas conversas e que esta
lista não é exaustiva:
a) Montar grupo de trabalho para
construção de um projeto comum visando resgatar o Mercado Central e a
construção do Shopping Popular. Quanto a este último já existe o
compromisso firmado pelo governo do estado de financiar e executar a
obra ficando o Mercado Central ao encargo do município.
b)
Parceria para conclusão das obras da rua Mato Grosso/Eliezer Levy,
transformando esta importante artéria em uma via modelo ligando o
complexo Norte-Sul/Tancredo Neves à avenida Fab e ao centro da cidade.
Neste ponto o compromisso é o do governo financiar o valor necessário
para concluir a obra que está parada desde 2007 e que foi parcialmente
executada com recursos federais ainda disponíveis na conta do município.
c) Repasse dos valores referentes às contrapartidas das obras federais captadas pelo município.
d) Resgate do projeto da hoje sede da sub-prefeitura da Zona Norte que
originalmente seria destinada a implantação de um terminal de
abastecimento.
e) Apoio à reestruturação do atendimento na rede
básica de saúde com definição clara de responsabilidades e custos, com
transparência.
Esclareço ainda que as maiores obras tocadas
pelo nosso governo são em Macapá justamente por compreendermos a
importância política e estratégica da nossa capital. Os investimentos já
em andamento somam mais de R$ 500 milhões. E cito apenas alguns como o
conjunto Cidade Macapaba (R$274 milhões), o PAC Habitação Congós/Aturiá
(R$ 60 milhões) a rodovia Norte-Sul (R$40 milhões) a Banda Larga (R$ 10
milhões) e os investimentos do PAC/Saneamento (R$110 milhões).
Adianto que vou continuar buscando o diálogo com o município de Macapá
em torno dos interesses da nossa população. Fui eleitor do prefeito
Clécio e votei acreditando em seu discurso de que o município iria
assumir, efetivamente, suas responsabilidades frente à população e não
cair na tentação de tercerizar suas funções básicas e mais elementares,
como acontecia antes.
Concluo dizendo que acredito na
capacidade do prefeito de liderar seus correligionários a desarmarem
seus palanques e unirem esforços na busca pelo equilíbrio e pelo
diálogo. (Camilo Capiberibe)
Comentário do blog: O jornalista Correa Neto, autor da nota da coluna Geléia Geral, é ligado politicamente ao PSOL. Para quem não sabe, a Márcia Correa, é coordenadora de cultura da PMM, na gestão do PSOL, é filha do jornalista. Me parece que o clamor dos macapaenses, em relação a operação tapa-buraco, de responsabilidade única e exclusiva do prefeito Clécio, motivou tal diabinho.
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