O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) não tem correspondido aos reclamos das vozes roucas que vem das ruas. Ultimamente tem tomado decisões que vão de encontro aos interesses populares e ao jogo democrático. A mais recente foi a espalhafatosa decisão que manteve um “golpe político” forjado nos escaninhos do poder legislativo.
Mas outra questão que não é levantada pela opinião pública diz respeito a composição do TJAP. Todos os membros são homens e não existe uma representante do sexo feminino naquela corte, o que provoca algumas críticas por parte de magistrados e militantes dos movimentos sociais.
Recentemente tivemos uma clara demonstração de machismo por parte de um desembargador que de forma autocrática concedeu notas baixas as mulheres que disputam uma vaga no TJAP.
A juíza Sueli Pini é uma das magistradas mais bem preparadas do Amapá. Uma mulher combativa, que tem um belo trabalho social e dona de uma coragem que poucos magistrados ousam colocar em prática.
Por conta de sua coragem, ao lado do colega Marconi Pimenta, que em 2008 fizeram um amplo trabalho de combate a corrupção eleitoral, não curvando a espinha perante os poderosos políticos do nosso Estado. No passado, ela foi perseguida por aqueles que foram presos e saquearam os cofres públicos, no presente ela é critica por parte da imprensa que defendeu os corruptos e se omitiu perante os desmandos.
Sueli Pini teve coragem de cassar o prefeito Roberto Góes, que venceu as eleições abusando do poder econômico e usando a máquina do Governo do Estado. Isso lhe custou caro.
O judiciário é um poder que tem sua credibilidade afetada por conta de decisões que passam a mão na cabeça dos políticos que cometem o crime de “colarinho branco”.
O TJAP e a justiça do Amapá precisam de uma juíza com a ética profissional e a coragem de Sueli Pini. O Amapá precisa quebrar paradigmas e romper com a cultura machista na mais alta corte do Estado.
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