terça-feira, 22 de março de 2011

O FIM DE UM EMBUSTE - Rup Silva

Minha mãe costumava dizer que a justiça anda a cavalo garantindo que um dia será feita! Por isso no caso Capiberibe versus Borges, sempre achei que mais cedo ou mais tarde a verdade prevaleceria.
Tudo indica que a hora chegou. Isso seguramente explica o manifesto desespero de Gilvan na entrevista ao “insuspeito” Reginaldo Borges, seu irmão, quando optou pela ofensa a família Capiberibe de quem se especializou usurpar os mandatos.
Logo que saiu um socialista esbaforido e enfurecido me liga para falar dela [entrevista], alarmado com sua virulência e teor de agressividade. Ato contínuo me mandou uma cópia degravada da “entrevista”.
Lida com atenção vê-se tratar-se de algo com a cara de Gilvan, de quem não se pode exigir mais que aquele monte de asneiras.
Tanto que os impropérios contra seus desafetos prevalecem sobre a análise fidedigna da historia política do Amapá, cuja versão caolha e distorcida busca poupar seus “amigos” que nos impuseram, como forma de gestão do Estado, a promiscuidade administrativa  em benefício de meia dúzia de canalhas que insistem em manter práticas espúrias, apropriar-se dos recursos públicos, prejudicando deliberadamente o avanço sócio -econômico do Amapá..
Àqueles que ainda tinham alguma dúvida sobre a qualidade intelectual do entrevistado, a audição foi pródiga e cruenta ao mostrar a fragilidade de Gilvan quando aborda temas que não domina [um dever] perdido em explicar sua melancólica e caricata carreira política.
No lugar dos Capiberibes, pela recorrência da prática, pela falta de crédito e moral para cobrar algo de algum gestor público nesse Estado, essa “entrevista” jamais poderia ser levada a sério, embora os excessos, que resvalassem pela calúnia e acusações infundadas, devessem ser cobradas na justiça.
O resto é um besteirol sem fim! Um amontoado de interpretações descabidas do nosso processo político, ignorando personagens vivas desses momentos e fatos relevantes da formação do arcabouço jurídico institucional do Amapá.
Escondeu por trás do amontoado de invencionices, a única ação correta e verdadeira de seu grupo político quando tentou impedir a candidatura ao Senado de Sarney, por ausência fundada de domicilio eleitoral.
Hoje seu protetor, Jose Sarney manteve o mandato depois que a ação foi postergada em favor de acordo político que o levou aos píncaros da carreira parlamentar, ainda que lhe faltassem méritos, votos e as mínimas condições intelectuais para isso. É o que se fala.
Na tal entrevista uma revelação típica do seu grupo: o plano para inviabilizar o atual governo comandado por Camilo Capiberibe,  via CADIM, impedindo a vinda de recursos federais para o Amapá. Uma sordidez que deve ser denunciada que tem a cara do seu “chefe” que insiste em tornar a CEA seu território privado
Daí que o que parecia uma preocupação sincera de Gilvan, na verdade, não passava do anúncio de uma tramóia. A decantada federalização da Companhia, por tanto, deve ser firmemente combatida, pois coloca como factível [viu Lourival?!] o domínio da empresa pelo PMDB com prejuízos enormes para a economia do Amapá, pois ninguém nesse país tem topete para cobrar responsabilidade do coronel maranhense.
Gilvan, inclusive, poderia acabar Presidente da estatal já que tudo é possível no reino de Sarney. Mandato perdido, esse é, seguramente, o sonho de verão do clã dos Borges.
Isto jogaria por terra a tese que o Ministério de Minas e Energia implantaria uma gestão profissional na CEA decretada sua federalização. Em vários Estados do norte e outras regiões, a medida acabou favorecendo o PMDB. Num país como o Brasil, o nosso Mubarak manda e desmanda, e não há quem tenha coragem de contrariar a vontade do velho oligarca?
A entrevista voltemos a ela, que tanto barulho causou entre os desavisados e amigos do político Gilvan, revela os estertores de um embuste que é a sua presença no Senado. Gilvan é um paciente em estado terminal. O Amapá, ao contrário,vai respirar aliviado.
Rup Silva – Articulista da FOLHA DO ESTADO

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