Depois de ser presa na operação “Mãos Limpas”, e ser ré no processo que apura este recente escândalo de corrupção no Estado, esta senhora ainda conseguiu se eleger deputada estadual. Podemos encontrar a explicação para tal fato olhando de perto o programa “Renda pra viver melhor”. O “Renda”, antigo Bolsa Família Cidadã, foi criado no governo de João Capiberibe, mas teve o nome modificado por conta de uma estratégia de apagar o legado do governo do PSB. Incialmente tinha como objetivo a manutenção de crianças e adolescentes na escola, para isso a família recebia um valor em dinheiro.
Em 2009, ano pré-eleitoral, ampliaram as metas e, sem critérios claros para o ingresso e sem tempo definido para a saída, o “Renda” passou a cadastrar também adultos. Com isso, no final de 2010, o programa tinha quase que dobrado o número de cadastrados: de 10.010 famílias passou para 19.655. Assim, o programa se transformou na principal estratégia eleitoral da deputada indiciada pela PF. O que se fala a boca pequena, é que as pessoas eram convidadas nas ruas para participar do programa. Agora, que sequer passou muito tempo da sua prisão, lá vem ela com outra.
Posando de defensora do povo, quer transformar o “Renda” em lei. Justamente ela que legalizou a prática do uso dos recursos públicos para fins pessoais e eleitorais manipulando a população pobre para angariar votos. Quem não lembra da gravação da campanha de 2008? Marília Góes pressionava as famílias para votar em Roberto Góes para prefeitura de Macapá. E em 2010, onde ela abusou dessa prática para se eleger deputada. Cabe, a população do Amapá, dar um basta nesse tipo de política que só tem envergonhado o nosso Estado. O governo está corretíssimo em adotar medidas que previnem a corrupção e o mal uso de recursos destinados aos programas sociais. O Renda deve continuar, mas com responsabilidade e atendendo realmente quem precisa.
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