sábado, 12 de maio de 2012

Será que o Sinsepeap já esqueceu quem são seus atuais aliados?

A maioria dos professores que engrossam o movimento de greve pertencem a partidos políticos de oposição, dentre eles o PDT, partido que governou o Amapá nos últimos 8 anos. 

O atual governo oferece o maior reajuste da história recente do funcionalismo público da educação. Nem o governo Waldez Góes, nem o governo de João Capiberibe ofereceram um reajuste histórico de 15,56%.

O Sinsepeap e os professores ligados aos partidos de oposição (PDT, PSOL, PSTU) praticam o famoso "aliancismo espúrio" ao aceitarem o apoio e o financiamento de setores que historicamente saquearam o Amapá durante o famoso governo da "harmonia".

É lindo ver o deputado Moisés Souza (PSC), defensor árduo da verba indenizatória vergonhosa, abrindo os portões da ALAP para os nossos "professores formadores de opinião". Até parece que o homem virou santo do dia pra noite e que vale-tudo no jogo político do Sinsepeap pela conquista dos 20%.

Observem as falas de parlamentares da oposição, alguns investigados na operação "Mãos Limpas" da PF sobre a greve dos professores. Todos culpam o governo Camilo Capiberibe pela greve na educação, mas em nenhum momento falam em cortar na própria carne quando o assunto é mais recursos para educação. 

A ALAP detém um montante de 156 milhões/ano, orçamento maior que o da Prefeitura de Santana e muitos outros municípios do Amapá. Em nenhum momento da greve, ouvimos o Sinsepeap questionar a farra milionária da ALAP e os gastos exorbitantes dos deputados com diárias que chegam a ser maioeres que o salário de um professor. 

O dinheiro que sobra na ALAP faz falta ao Executivo, que tem como objetivo ampliar os investimentos na educação e consequentemente a valorização do servidor público. Mas sem recursos isso não será possível e é esse o debate que é colocado nas mesas de negociações com o Sinsepeap.

Os nobres deputados e paladinos da ética, defensores da classe trabalhadora e da educação são acusados de desviar milhões dos cofres públicos e de fazerem parte de uma quadrilha de engravatados.

A recente pressão de Moisés Souza ao lado de sindicalistas com o objetivo de intimidar o judiciário revela a face da atual conjuntura da disputa de poder que tem como pano de fundo as eleições de 2012. O principal objetivo da oposição e de professores que são militantes de partidos de oposição é desgastar o governo perante a opinião pública.

A mais recente tentativa de vandalismo de professores que são militantes de partidos de oposição e que controlam o movimento grevista, revelam a irresponsabilidade política dos líderes grevistas. A ação não é isolada e foi planejada, tendo como objetivo desmoralizar o governador publicamente.

O mote de que é possível um reajuste de 20% é apenas uma tática. Querem 20% mesmo que pra isso seja necessário quebrar as finanças do Estado e comprometer a reforma e contrução de novas escolas, a merenda nas escolas e principalmente o ano letivo.

Não existe na pauta do Sinsepeap a punição  e prisão daqueles que foram presos nas inúmeras operações da PF, que desviou milhões da educação e de outras áreas do Estado. 

Não existe na pauta do Sinsepeap a diminuição do orçamento exorbitante da ALAP que é vergonha nacional. Não existe na pauta do Sinsepeap a redução do orçamento do TCE que teve seu ex-presidente preso em 2010 e seus conselheiros recentemente afastados pelo STJ, acusados de corrupção.

Lembrem que no governo passado o Sinsepeap se calou para aqueles que defendiam a "harmonia" e teve um presidente destituído. Os mesmos atores políticos da dita "harmonia" jogam confetes nos sindicalistas do Sinsepeap para tirarem o foco das instituições que eles dirigem e responsabilizar o governo Camilo Capiberibe por todos os males existentes no Amapá.

Só não ver quem não quer. Só pra encerrar: O que aconteceu com o nosso dinheiro que foi repassado pelo ex-governador Waldez Góes para construir a sede do Sinsepeap? A atual direção está apurando as irregularidades da gestão passada?

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