Nesta terça-feira,
22, o senador João Capiberibe (PSB/AP) reuniu a equipe de seus gabinetes
localizados em Brasília (DF) e em Macapá (AP), por meio de
videoconferência, diretamente do Interlegis O objetivo da reunião foi
apresentar desdobramentos da visita do parlamentar à Alemanha, na semana
passada, quando foi convidado para a mesa redonda “Sustentabilidade Sem
Fronteiras”, capitaneada pela Aliança Climática
Capiberibe detalhou
sua participação no evento, ocorrido em Berlim, quando falou de sua
experiência como governador do Amapá, com políticas públicas
fundamentadas no desenvolvimento sustentável, equilibrando a atividade
econômica, a preocupação com o meio ambiente e a equidade social. O
senador disse que os alemães são muito bem informados sobre as ações,
inclusive sobre o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA).
“Os debates mostraram
que é possível haver uma cooperação entre as comunidades brasileiras e
europeias, para a construção de um novo processo de desenvolvimento, a
partir da educação” – ressaltou.
O senador também
citou a visita ao leste da Alemanha, onde conheceu a Reserva da Biosfera
de Spreenwald. São 50 mil hectares que abrigam 55 mil pessoas, cujas
atividades industriais são sustentáveis. “A reserva é responsável, por
exemplo, pela produção de 25% do pepino consumido na Alemanha,
totalmente orgânico. Além disso, recebe por ano 5,5 milhões de turistas,
ecologicamente conscientes. Por duas horas, percorremos de barco o rio
Spree, cruzando com centenas de pessoas, e não encontramos um pedaço de
papel ou lixo no chão” – discorreu.
Capiberibe lembrou
que, quando governador, implementou a coleta do lixo e sua retirada do
Bailique para Macapá, por meio de embarcações. À época, o projeto foi
criticado pelos oposicionistas, que julgavam a ação um desperdício de
dinheiro. No entanto, ficou provado que a iniciativa foi um dos motores
que ajudaram a preservar a região, tornando-a, inclusive, um polo
turístico. Com a saída de João Capiberibe do governo do Amapá, as ações
do PDSA sofreram a chamada ‘solução de continuidade’, ou seja, os
governos seguintes abandonaram as iniciativas que estavam resultando em
crescimento do Estado.
“Podemos ver que o
Bailique, por exemplo, mesmo submetido a oito anos de abandono,
continuou resistindo, porque os projetos do PDSA são duradouros. E,
agora, estamos voltando a dar prosseguimento” – disse.
Com a intenção de
propor ações pela educação ambiental, tomando como exemplo o que viu nas
reservas ambientais da Alemanha, Capiberibe solicitou aos integrantes
de seu gabinete em Macapá, um levantamento sobre as atividades
econômicas atualmente desenvolvidas, e em potencial, na região do
Igarapé da Fortaleza. Ele também vai propor a criação de uma legislação
específica para a preservação ambiental na orla amapaense, em parceria
com o Governo do Estado, nas suas áreas de competência.
A orientação é que a
equipe converse com as lideranças locais, para conhecer seus anseios e
necessidades, também relacionadas à Área de Proteção Ambiental da
Fazendinha (APA).
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