terça-feira, 7 de agosto de 2012

Deu no Diário: Obras de acesso à ponte binacional começam dia 10

O governador Camilo Capiberibe anunciou, ontem, 6, que dará início às obras de acesso à ponte binacional Brasil-Guiana Francesa no próximo dia 10 quando irá ao Oiapoque especialmente para o evento.

O anúncio foi feito no programa “Bom dia Governador” em que Camilo Capiberibe fala todas as segundas-feiras de manhã pelas rádios Diário FM (90.9) e Difusora de Macapá.
O governador informou que conforme acordo feito com o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), os recursos para as obras do lado brasileiro da ponte binacional serão garantidos por esse braço do Ministério dos Transportes.

Ao governo do Amapá caberá a execução direta dos serviços, através da Secretaria de Estado dos Transportes (Setrap). As obras consistem de implantação e pavimentação do acesso à ponte, bem como da construção do pátio para a aduana brasileira.

“Isso significa o resgate da credibilidade do estado do Amapá junto ao governo federal”, comentou o governador no programa, informando que o convênio com o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes é traduzido em mais obras que gerarão emprego e renda na região do município de Oiapoque.

Durante o Bom Dia Governador, Camilo Capiberibe também falou da entrega de notebooks do Programa Professor Conectado, em Macapá e em Bailique, bem como acerca da inauguração da Escola Estadual Professora Jacinta Maria Rodrigues de Carvalho Gonçalves, no bairro Vale Verde, distrito de Fazendinha, no último fim de semana.

O programa radiofônico Bom Dia Governador também serviu para Camilo Capiberibe festejar o retorno do fornecimento de energia elétrica no distrito do Bailique durante as 24 horas do dia.

Camilo inaugurou os serviços de geração e distribuição de energia elétrica no distrito do Bailique, semana passada, quando foi ao local entregar os computadores do Programa Professor Conectado e anunciar obras para fornecimento de água potável e construção de arenas.

Falando a respeito da ponte binacional, o deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP) alertou, ontem, que a obra só poderá ser inaugurada com o funcionamento do Posto de Fronteira, complexo que envolve Polícia Federal, Vigilância Sanitária e outros órgãos federais. Até agora, o Dnit ainda não abriu licitação para o Posto de Fronteira.

Após anos de negociações entre os governos brasileiro e francês e ainda um encontro entre os então chefes das nações, Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Nicolas Sarkozy (França), no local, a construção da ponte binacional sobre o rio Oiapoque foi iniciada em julho de 2009.

A obra de engenharia ligará o Brasil, por meio do município do Oiapoque, à Guiana Francesa, a partir de Saint George.

A ponte já está acima do rio Oiapoque, pronta para o tráfego de veículos que só ainda não foi aberto porque a cabeceira da construção no lado brasileiro ainda está por ser urbanizada. O lado francês está todo preparado.

As obras que o Dnit confiou à execução do governo do Amapá consistem de asfaltamento do acesso à ponte, a partir da cidade de Oiapoque, e toda a urbanização da cabeceira da pista.

Atrasos
Pelo cronograma acertado pelos governos da França e brasileiro, a ponte binacional Brasil-Guiana Francesa era para ter sido inaugurada em junho de 2011.


Desde o início, por questões de liberação de verbas, as obras sob a responsabilidade do governo brasileiro foram atrasadas.

Por conta dos atrasos, com o início das obras no próximo dia 10, a inauguração da ponte deve ocorrer já no fim do corrente ano.

Resultados
Com a entrada em funcionamento da ponte binacional sobre o rio Oiapoque, o Brasil passará a ter acesso terrestre à América Central, podendo manter melhores relações comerciais não só com a região do Caribe, mas até com Canadá e Estados Unidos, potências no Extremo Norte do Novo Mundo.

Paralelamente ao progresso que o Brasil passará a ter, especialmente o Oiapoque, o lado ne-gativo do desenvolvimento afetará, de início, uma secular categoria de profissionais, os catraieiros que fazem transporte de passageiros entre os dois países no rio Oiapoque. Soma-se a isso a questão da violência que deverá aumentar.(Diário do Amapá)

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