segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Capiberibe cobra explicações do TCE que não instaurou procedimento contra conselheiros afastados pelo STJ

Por Rodrigo Juarez
O senador João Capiberibe (PSB-AP) questionou a presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AP), conselheira Maria Elizabeth Cavalcante Picanço, acerca de alguma providência que a Corte tenha tomado contra seu ex-presidente José Júlio de Miranda Coelho, afastado da presidência e da função de conselheiro desde a deflagração da Operação Mãos Limpas, em setembro de 2010.

Júlio Miranda foi preso com outros agentes públicos do Estado na operação que desarticulou uma das maiores organizações criminosas do país, como descreveu o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) presidente do inquérito, atual Ação Penal 702. Atualmente afastado de suas atividades funcionais por determinação da Justiça, junto com outros conselheiros que não foram presos, Júlio Miranda, responde a ações penais em tramitação no STJ, fruto de várias acusações, entre elas desvio de dinheiro público.

Em razão do interesse público na questão e os três anos já passados desde a operação desencadeada pela polícia federal, o senador Capiberibe, solicitou também cópia dos procedimentos administrativos tomados pela instituição contra o conselheiro afastado. Que se não houver, pode, supostamente, resultar em crime de prevaricação que consiste em retardar ou deixar de praticar um ato de ofício.

Capiberibe explicou que as informações solicitadas ao tribunal têm como fundamento a Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação), sancionada em 18 de novembro de 2011 estabelecendo requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar e agilizar o seu acesso por qualquer pessoa. O Tribunal de Contas do Amapá tem o prazo máximo de 20 dias para que a solicitação seja respondida.

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