Segue abaixo a nota do Governo denunciando possíveis interesses políticos e retaliações por parte do TCE. O pano de fundo do embate seria a reivindicação do TCE por mais dinheiro para a instituição. O governo questiona os gastos do TCE que não são colocados de forma transparente para a população:
Nota do Governo
Quanto à decisão do Tribunal de Contas do Estado do Amapá
(TCE/AP) de suspender o contrato de publicidade do Governo do Estado do
Amapá, cumpre esclarecer que:
1) O processo licitatório foi todo realizado em
consonância com a legislação vigente, pautado pela total e irrestrita
transparência, acompanhado pela Procuradoria Geral do Estado, e não teve
nenhum tipo de questionamento administrativo ou judicial pelos oito
participantes no certame.
2) A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 estabelece
o valor de R$ 14 milhões para os serviços de publicidade institucional,
sendo este o valor do contrato com as duas empresas vencedoras da
licitação (BCO e Revolution), respeitando o que previu o edital e o que
consta na LOA, e não R$ 28 milhões, como está na decisão do TCE, o que
poderia ter sido esclarecido com um simples pedido de informação ou
acompanhamento pelo site da transparência dos valores empenhados.
3) Vale lembrar que o orçamento da Secretaria de
Estado da Comunicação, em 2009, correspondia a 0,71% do orçamento do
Estado, enquanto que, em 2013, o orçamento da SECOM corresponde a 0,42%,
o que significa que, em realidade, houve uma redução dos gastos na
Comunicação. Não obstante, nunca houve nenhum ato do TCE para investigar
os gastos da SECOM da gestão anterior.
4) Causa estranheza que o Tribunal de Contas do
Estado esteja promovendo julgamentos seletivos buscando atingir o
governo atual e a gestão anterior do mesmo grupo político e não se
pronuncie sobre os oito anos da gestão anterior, e nem, tampouco, sobre
os desvios apurados pela Polícia Federal na Operação "Mãos Limpas", que é
do interesse da sociedade amapaense ver esclarecidos.
5) O Governo do Estado do Amapá considera ilegal a
decisão, visto que usurpa prerrogativas exclusivas da Assembleia
Legislativa do Estado do Amapá, que detém a função, segundo o próprio
Regimento Interno do TCE, de sustar contratos depois do competente
processo de fiscalização, fato inexistente neste caso; logo, a mesma não
produz efeitos.
6) Considerando as circunstâncias, isso leva a
concluir que possa existir um caráter político nestas decisões, visando
claramente as eleições de 2014.
7) O Governo do Estado, quando notificado, vai
recorrer administrativa e judicialmente para garantir suas prerrogativas
e não aceitará nenhuma tentativa de intimidação ou retaliação.
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