sábado, 9 de novembro de 2013

A ABSTINÊNCIA DA DIREITA - Por Rup Silva


IMPRESSÕES

Rupsilva

Quanto tempo, me pergunto, o Amapá vai ter que agüentar esses políticos que não se conformam com o fato de estarem fora do poder. Derrotados em 2010  por decisão soberana e democrática do povo,  não aceitam outro jejum de quatro anos fora do poder e fazem  de tudo para infernizar o dia a dia do governo.

É imperativo que se dê nome a essa gente que tanto reclama e trabalha contra um governo que se desdobra  na tarefa de realizar o que não conseguiram durante os oito anos, de 2002 a 2010, que ocuparam o Setentrião.

Não lembro de gestão mais horrorosa. Em meio ao festival de desatinos o desaparecimento de 1.8 milhões de reais, segundo se comentou  a época, algo comparável a metade do orçamento disponibilizado pelo governo para executar num período fiscal.

Recurso que simplismente sumiu e que deveria ter sido  investido em saúde, educação, segurança, rodovias, emprego como vem fazendo com exito e responsabilidade o atual governo.

Por sorte que o reconhecimento do trabalho do governo acabou chegando na hora certa depois de dois anos e meio de uma batalha insana para realizar a limpeza ética reclamada pelo cidadão de bem e permitiria  que o governo voltasse a ter acesso a recursos do PAC e de contrair empréstimo do sistema financeiro da Minha sábia mãe dizia que a mentira tinha pernas curtas. Daí que as mentiras, invencionices, factóides espalhados  não surtiram efeito. 

Tornou-se  impossível não enxergar a obra do governo Camilo. Na capital e interior as ações baseadas no PPA resplandeceram para o desespero da malfadada harmonia e seus comparsas.

O quadro é crítico para a harmonia. A medida que o governo avança em seu programa de obras e serviços fica mais claro o fracasso da estratégia de desestabilização da administração do Estado maquinada e financiada  pela oposição. 

Eles acreditavam que essa estratégia anti-democrática de esconder e atrapalhar o trabalho e o esforço da atual gestão para recuperar a estrutura física e o combalido sistema de prestação de serviços essenciai, teria forte influência nas eleições vindouras por que o governo chegaria enfraquecido e incapaz de disputar o pleito contra uma frente de partidos de direita. 

O governo avançou bastante nesses três anos, repito,  apesar do cenário de terra arrasada herdado da administração passada. Só falta desemperrar a máquina que fiscaliza a correta gestão do dinheiro do contribuinte:Policia Federal, Ministérios Públicos Federal e Estadual, Tribunal de Conta e Tribunais de Justiça, Fazenda pública e Estadual que infelizmente patinam na hora de finalizar as denuncias e processos gerados a elas encaminhados.

Trágica história da desventura de um grupo de sonhadores que quer construir um Estado próspero e democrático e sua batalha heróica contra os agentes do atraso, da corrupção e do desenvolvimento do Amapá. 

Esse grupo de sociopatas, instalado principalmente na mídia e setores fundamentais do aparelho de Estado,  precisa ser urgentemente reintegrado a sociedade. Deveria ser lobotomizado como o Alex [ sem lei] da obra ficcional Laranja Mecânica, de Anthony Burguess, para que retorne ao convívio social livre de seus instintos bestiais.

Enquanto o governo dá um duro danado para reverter o  quadro econômico/financeiro adverso que recebeu,  a mídia amestrada da direita, movida pelo dinheiro do contribuinte,  impunemente, cria factóides na tentativa desesperada de fazer do atual governo imagem e semelhança do anterior.

Incomoda o fato objetivo da possibilidade de não voltarem ao poder.Patrimonialistas, nepotistas, firmas fantasmas, fraudes licitatórias e de concursos públicos sinais explícitos de riqueza conseguidos a custa do erário, são razões suficientes para essa campanha contra o governo.

Depois há uma motivo maior que todos: a sobra do empréstimo do BNDS que deverá ultrapassar a gestão do atual governo.

A equipe econômica  do atual governo fez sua parte com competência  para  resgatar o Estado da situação de falência, algo que parecia impossível pela dimensão do rombo deixado pela administração  passado. 

A direita vive o seu dilema: vencer sua crise de abstinência do poder. Mas não é só isso. Pesa-lhe algo quase impossível, eleger Sarney para mais um mandado ao Senado.

Não é só vencer sua crise de abstinência. O fardo  que  carrega é bastante pesado. Falta ao grupo um candidato confiável.Disputam a indicação o ex- Waldez Góes [PDT] , as voltas com a justiça, Lucas Barreto [PSD] e Jorge Amanajas [PPS]. Nada impactante  no entanto, capaz de mudar o quadro.

Derrotar Camilo o candidato do PSB que vem construindo uma frente de apoio consistente, com partidos de todas as matizes, cada dia fica mais difícil. A incorporação do PSOL e do Solidariedade, segundo se comenta,  vai tornar Camilo um fortaleza. Isso é bom. Parece que finalmente construímos uma força política disposta a realizar a tão decantada "limpeza ética".

BOAS NOVAS
DEVAGARINHO CHEGARAM. Duas mulheres, dois fatos relevantes. Primeiro o duro trabalho de Ivana Cei no Ministério Publico do Amapá. É patente sua preocupação com a aplicação dos recursos do Estado. Semana passada foi assunto na boa mídia por expedir mandado  de prisão contra o lendário e todo poderoso  Luciano Marba da empresa de limpeza e vigilância LSM que reina há mais de dez anos as custas de liminares. Mais uma vez Cei demonstra seu compromisso com sua terra. 

OS MINHOCAS TAMBÉM. Nem a propósito um fato inusitado. Talvez pela primeira vez os cargos  principais do Estado ( xenofobismo à parte) tem filhos da terra no comando.Camilo Capiberibe pilota o governo, Clécio Vieira a prefeitura, Jr. Favacho a AL , Luiz Carlos Gomes o TJ , Ivana Cei o MP  e Elisabeth Picanço o TC. Isso nos orgulha e enche de esperança.

A VITORIA DE PINI. Outro fato significativo foi o arquivamento da ação do Des. Brauna contra a Des. Sueli Pini contestando sua assunção a desembargadoria do Estado. Aqui celebremos o bom senso e a ética.Sueli Pini é uma figura reverenciada pela maneira como se conduz na magistratura. A sociedade amapaense deve muito a essa magistrada que desde que chegou aqui se notabilizou pela criatividade como quando implantou a justiça itinerante que percorre o interior do Estado e gindou a juiza a colocação entre as 100 mulheres mais importantes do planeta.. 

QUA!QUA!QUA! Os Borges são PhD em galhofa. Agora , na falta do que fazer, andam dizendo pela aí que o empresário Jaime Nunes, membro da sua tropa de choque, foi quem "deu" [ eu disse deu] ao governo os mais de 500 colchões adquiridos na sua loja e os mantimentos comprados no seu armazém de atacados para atender as vítimas da tragédia do Igarapé das Mulheres.

DESRESPEITO. Enquanto aquele povo sofre a sua dor, os insanos tripudiam sobre ela. Devia levar uma surra, ele e seus asseclas da Tucujus , por imaginar que as pessoas são ignorantes e incapazes de discernir sobre os fatos ocorridos. Essa faceta de filantropo, Jaime, o empresário amigo de Lucas e Gilvan, nunca teve nem vai ter. Que gentinha!

O FRANKSTEIN DE LULA. Lula precisa ir ao divã do psicanalista imediatamente. Imagina que pode impor outro mandato a Sarney pelo nosso Estado, quando a grande maioria do povo deseja vê-lo de volta ao Maranhão. A vontade do "sapo barbudo" , como diria Brizola, segundo o site IG da Globo, é fazê-lo candidato único de um Frankstein que teria Camilo Capiberibe [PSB] para o governo, Dora Nascimento [PT] como vice e SARNEY [PMDB] para o Senado. E pensar que o todo poderoso Sarney acabou um poste de Lula no Amapá é fim de carreira.  

JORNALISMO DE ALUGUEL Não sei o que ensinam nossas Faculdades de Jornalismo. Seria bom dizer que jornalista não vende informação e sua opinião. A reflexão vem a propósito  de uma "jornalista" ter minimizado  o esforço do governo, entidades de sociedade civil, cidadãos comuns e moradores da área sinistrada do Perpetuo Socorro. Infelizmente a bandidagem ainda é a tônica da atuação desses "profissionais" de aluguel.

PARADOXO.  No Amapá defender o certo dá cadeia. A coisa fica preta quando se aproxima a votação do Orçamento Público. À rigorosamente apenas o TJAP, por se tratar de uma instituição espalhada pelo Estado inteiro, pode reclamar, ainda que conte com  recursos das custas judiciais para alguns um outro orçamento.

PARADOXO II. Algumas dessas instituições, [ não são todas] desejam mais do que precisam. Há sempre alguém manipulando nos bastidores dos órgaos alguém forçando a barra, ameaçando, chantageando e tramando  contra os que combatem ao uso incorreto dos recursos do cidadão.O mais grave é que se consideram acima da lei. Essa gente, geralmente de fora, não tem compromisso com o Amapá, não ama o Estado.

Por hoje é só.

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