Por Heverson Castro
Parece que uma mão invisível tem pautado os processos do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. A inversão de pautas e processos é vista na priorização de processos do PMDB de Gilvam e Sarney contra o casal João e Janete Capiberibe, eleitos em 2010, após uma ampla campanha difamatória dos meios de comunicação pertencentes à família Borges e que fazem o jogo político do senador José Sarney.
Parece que uma mão invisível tem pautado os processos do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. A inversão de pautas e processos é vista na priorização de processos do PMDB de Gilvam e Sarney contra o casal João e Janete Capiberibe, eleitos em 2010, após uma ampla campanha difamatória dos meios de comunicação pertencentes à família Borges e que fazem o jogo político do senador José Sarney.
Durante o processo eleitoral de 2010, ficou provado que havia uma
campanha orquestrada de dentro do clã Borges e das rádios e TV´s ligadas
ao então candidato derrotado Gilvam Borges para propagar boatos de que o povo
amapaense não deveria votar nos candidatos do PSB, João e Janete Capiberibe,
porque os nomes dos mesmos não iriam aparecer na urna eletrônica por estarem
sob judice, devido a indefinição da validade da Lei da Ficha Limpa.
Existem provas de que e-mails foram enviados em massa pra
todos os “jornalistas” que trabalhavam nas inúmeras rádios (16 municípios) e
TV´s do Amapá, ligadas à Gilvam Borges. A ordem era bater pesado de forma
sistemática, dia e noite com direito a inserções de matérias jornalísticas
de “hora em hora” e comentários dos radialistas e apresentadores nas programações, atacando as
candidaturas do senador Capiberibe e da deputada Janete Capiberibe. Os e-mails
confidenciais eram enviados por um dos jornalistas do Sistema Beija-Flor.
O PSB na época entrou com uma ação contra Gilvam Borges por
abuso dos meios de comunicação. Borges utilizou o seu sistema "Beija-Flor" que contava
com mais de 30 rádios espalhadas nos 16 municípios do Amapá para interferir no
processo eleitoral ao espalhar inverdades, afirmando que João e Janete
Capiberibe “tinham sido impedidos pela Lei da Ficha Limpa de serem candidatos
naquela eleição e os eleitores que votassem nos socialistas perderiam seus
votos”. A campanha difamatória era feita mesmo diante das inúmeras declarações na imprensa local do presidente do TRE-AP,
desembargador Raimundo Vales, esclarecendo que as candidaturas de João e Janete
Capiberibe eram até que ele momento válidas por conta do não julgamento da
constitucionalidade da Lei no STF.
Dois dias antes da eleição de 2010, João Capiberibe junto
com Janete Capiberibe, concederam entrevistas no programa “Café com Notícia” na
rádio Equatorial FM, esclarecendo e desmentindo os boatos, exercendo seus direitos de defesa não dado pelo Sistema Beija-Flor, além
de alertar os eleitores amapaenses que suas candidaturas eram válidas. Mais
tarde o STF derrubou a retroatividade da Lei da Ficha Limpa, ordenando a posse
do casal.
As entrevistas viraram alvo de ação do PMDB de Gilvam Borges
contra seus adversários históricos que sempre derrotaram o principal aliado de
Sarney no Amapá, através do voto direto do povo amapaense. Agora o juiz federal João
Bosco que mantém relações “cordiais” com Sarney é o relator da ação do PMDB
contra o casal e estranhamente o TRE coloca na pauta o processo contra o casal Capiberibe antes mesmo de julgar a ação do PSB contra o PMDB que foi protocolada muito antes.
Pela lógica o TRE-AP deveria primeiramente julgar a ação
movida pelo PSB-AP contra Gilvam Borges por dois motivos gritantes:
1 - Porque a ação do PSB que foi protocolada contra o candidato apoiado por Sarney por abuso dos meios de comunicação se deu muito antes da ação do PMDB contra o casal Capiberibe, que estranhamente entrou em pauta no TRE-AP;
2 – A razão do senador Capiberibe de conceder entrevista o rádio às vésperas da eleição foi motivado pelo abuso dos meios de comunicação de Gilvam Borges, sem conceder direito de resposta.
1 - Porque a ação do PSB que foi protocolada contra o candidato apoiado por Sarney por abuso dos meios de comunicação se deu muito antes da ação do PMDB contra o casal Capiberibe, que estranhamente entrou em pauta no TRE-AP;
2 – A razão do senador Capiberibe de conceder entrevista o rádio às vésperas da eleição foi motivado pelo abuso dos meios de comunicação de Gilvam Borges, sem conceder direito de resposta.
Parece que mais uma vez ás vésperas de 2014, a turma de Sarney quer ajoelhar seus adversários históricos, cassando o casal João e Janete Capiberibe como em 2005, presenteando seu fiel escudeiro com um mandato no tapetão. Nos bastidores dizem que a intenção seria forçar o PSB a apoiar a reeleição de Sarney, que em troca resolveria esse problema com sua "mão invisível" por meio de seus tentáculos.
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