sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O efeito da má gestão no antigo Banco do Povo

Waldez Góes, no seu governo aprofundou-se os problemas da AFAP

Banco Central ameaça decretar liquidação da AFAP. Problemas no antigo Banco do Povo vem desde a gestão da ex-governadora Dalva Figueiredo. Na época o atual vereador Clécio Luis, (PSOL) fazia parte da Diretoria.
Em decorrência da má administração da Agência de Fomento do Amapá (AFAP) o Banco Central do Brasil ameaça decretar liquidação extrajudicial da instituição financeira. 

Atualmente a Agência é comandada pelo grupo político da deputada federal  reeleita Dalva Figueiredo (PT), que tem Nilza Amaral e Ana Dalva como principais diretoras e escudeiras da parlamentar no órgão.  Ambas são integrantes da Executiva Estadual do PT. Amaral é Presidente do PT no Amapá,  já Ana Dalva foi eleita recentemente para a Diretoria Executiva do SEBRAE.
A medida está contida no Termo de Comparecimento do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias em Salvador – Desuc/GTSAL, nº 2010/02, datado do dia 12 de maio de 2010.
No documento, o Banco Central informa que a AFAP tem descumprido sistematicamente o Limite de Patrimônio Mínimo, para funcionamento que é de ter R$ 3 milhões de reais em caixa. Atualmente a AFAP tem pouco mais de R$ 2 milhões.
Segundo o Banco Central, a AFAP só apresentou margem positiva em um terço dos 48 meses encerrados em dezembro de 2008, com desempenho e índices percentuais progressivamente negativos a partir de agosto de 2007, acumulando perdas significativas que totalizaram R$ 9 milhões de reais. “O pequeno volume e a baixa qualidade da carteira de crédito da instituição são causas importantes de sua baixa rentabilidade operacional”, ressalta.
O Banco Central informa ainda que entre junho de 2007 e dezembro de 2008, o valor da carteira ativa da AFAP, reduziu-se de R$ 3.392 mil para R$ 1.197 mil, com retração da ordem de 65%. Os créditos baixados como prejuízo, no mesmo período, evoluíram de R$ 2.858 mil para R$ 3.809 mil, com acréscimo relativo de 33%. “A AFAP não dispõe de controles internos     que atendam as exigências, com consequências negativas em todas as suas atividades, inclusive a elaboração de demonstrações obrigatórias”, detecta o Banco Central.
O relatório termina informando às exigências que foram recomendadas para o Conselho de Administração e para a diretoria da AFAP e que não foram atendidas: “A AFAP não implantou estrutura de gerenciamento de riscos compatível com a natureza e complexidade de suas operações. A AFAP não apresentou os relatórios de auditoria externa sobre as demonstrações financeiras, bem como os de controles internos sobre exercícios de 2008 e 2009. Dois planos de regularização apresentados pela AFAP em, respectivamente, abril de 2008 e janeiro de 2010, para solução dessas pendências não se mostraram factíveis e foram recusados por esta Autarquia”. 
Falência: O demonstrativo do Resultado Operacional da AFAP mostra que no dia 30 de abril de 2000, data em que a AFAP iniciou a operacionalizar, o caixa da Instituição tinha um saldo de R$ 4 milhões de reais. Em junho de 2002, o valor praticamente dobrou alcançando a ordem de R$ 7,5 milhões. Em 2003, na gestão do senhor Edmar Lourinho, a AFAP teve um saldo negativo de R$ 3.607.425,74 milhões de reais. Desde então a Instituição Financeira entrou no vermelho. No último balancete de saldos aponta um patrimônio liquido ajustado de R$ 2.242.285,56 milhões, que para o Banco Central significa estar abaixo do Limite de Patrimônio Mínimo, que pode incidir na liquidação da Instituição.

Nenhum comentário: