sábado, 17 de janeiro de 2015

Usando documentos do Bacen, Camilo questiona versão de Waldez sobre dívidas herdadas

Redação MZ

Em relação às recentes declarações do governador Waldez Góes - preso em 2010 pela Polícia Federal acusado de desvios de recursos públicos -, o ex-governador Camilo Capiberibe se manifestou nas redes sociais garantindo que vai acionar judicialmente o atual gestor e seu vice, Papaléo Paes, pelas mentiras que andam propagando.

"Vou provar isso na Justiça, uma vez que o tema é sério e interessa à sociedade. Quem deu calote, quebrou a CEA e o Estado não foi minha gestão. Não aceito as calúnias, injúrias e difamações, nem a tentativa de linchamento moral da parte daqueles que foram presos pela Polícia Federal", refutou Camilo Capiberibe.
A real dívida fundada do Amapá, que está registrada no Banco Central e no Balanço do Estado, é de cerca de R$ 2,5 bilhões, com documentos que comprovam que quase toda ela foi contraída nos governos de Waldez e Pedro Paulo e equacionada na gestão passada.

Detalhe: a dívida fundada é referente aos investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde pode ser citada a construção das escolas, estradas, entre outras importantes obras.
A última posição do BC é 10/2014. A dívida total inscrita nessa data é de R$- 1.669.771.505,66. O restante da dívida fundada do Estado é proveniente do acordo assinado com a AMPREV, de cerca de 850.000.000,00, constituída na sua maior parte pelo Governo Waldez.

Outro ponto abordado por Waldez Góes diz respeito aos consignados, onde ele não revela que deixou uma dívida de R$ 78 milhões e, ao mesmo tempo, levou o nome de centenas de servidores para o SPC e Serasa, cujo Estado foi alvo de várias ações judiciais - movidas pelos afetados - que causaram prejuízo aos cofres públicos.

"Essa dívida, herança de Waldez, foi quitada integralmente pelo governador Camilo. No final do ano passado, o governo estava negociando o pagamento de repasses residuais dos consignados financeiros com os bancos - uma vez que todas as outras consignações estavam em dia - e destinando recursos para pagar os custos das negociações em curso, quando o governo eleito acionou a Justiça e bloqueou as contas do Estado, impedindo que elas se concretizassem. Temos Atas dessas reuniões com as consignatárias, inclusive com alguns Termos de Ajustes que chegaram a ser assinados", informou o ex-secretário de Estado do Planejamento, José Ramalho de Oliveira.

No que se refere à dívida da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), no início de 2011 ela estava calculada em R$ 2,8 bilhões. "Após várias negociações junto ao MME, STN, ELETROBRAS, ELETRONORTE, Receitas Federal e Estadual e outros fornecedores, o Estado conseguiu reduzir essa dívida para R$ 1,4 bilhão - a ser paga em 20 anos -, resolvendo um grave problema do Estado. Isso também permitiu habilitar o Amapá a se interligar ao Linhão de Tucuruí, com recursos assegurados e implementados pelo governo Camilo", explicou Ramalho.

O ex-governador disse que vai demonstrar com documentos oficiais do Banco Central e das instituições competentes com quem está a verdade. "Quem deixou o Estado arrasado, com dívidas e sendo vergonha nacional não fui eu", declarou Camilo Capiberibe.

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