Redação MZ
Em
relação às recentes declarações do governador Waldez Góes - preso em
2010 pela Polícia Federal acusado de desvios de recursos públicos -, o
ex-governador Camilo Capiberibe se manifestou nas redes sociais
garantindo que vai acionar judicialmente o atual gestor e seu vice,
Papaléo Paes, pelas mentiras que andam propagando.
"Vou provar isso na Justiça, uma vez que o tema é sério e interessa à
sociedade. Quem deu calote, quebrou a CEA e o Estado não foi minha
gestão. Não aceito as calúnias, injúrias e difamações, nem a tentativa
de linchamento moral da parte daqueles que foram presos pela Polícia
Federal", refutou Camilo Capiberibe.
A real dívida fundada do Amapá, que está registrada no Banco Central e
no Balanço do Estado, é de cerca de R$ 2,5 bilhões, com documentos que
comprovam que quase toda ela foi contraída nos governos de Waldez e
Pedro Paulo e equacionada na gestão passada.
Detalhe: a dívida fundada é referente aos
investimentos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), onde pode ser citada a construção das
escolas, estradas, entre outras importantes obras.
A
última posição do BC é 10/2014. A dívida total inscrita nessa data é de
R$- 1.669.771.505,66. O restante da dívida fundada do Estado é
proveniente do acordo assinado com a AMPREV, de cerca de 850.000.000,00,
constituída na sua maior parte pelo Governo Waldez.
Veja no endereço: http://www4.bcb.gov.br/fis/dividas/lmdividas.asp
Outro ponto abordado por Waldez Góes diz respeito aos consignados,
onde ele não revela que deixou uma dívida de R$ 78 milhões e, ao mesmo
tempo, levou o nome de centenas de servidores para o SPC e Serasa, cujo
Estado foi alvo de várias ações judiciais - movidas pelos afetados - que
causaram prejuízo aos cofres públicos.
"Essa dívida, herança de Waldez, foi quitada integralmente pelo
governador Camilo. No final do ano passado, o governo estava negociando o
pagamento de repasses residuais dos consignados financeiros com os
bancos - uma vez que todas as outras consignações estavam em dia - e
destinando recursos para pagar os custos das negociações em curso,
quando o governo eleito acionou a Justiça e bloqueou as contas do
Estado, impedindo que elas se concretizassem. Temos Atas dessas reuniões
com as consignatárias, inclusive com alguns Termos de Ajustes que
chegaram a ser assinados", informou o ex-secretário de Estado do
Planejamento, José Ramalho de Oliveira.
No que se refere à dívida da Companhia de Eletricidade do Amapá
(CEA), no início de 2011 ela estava calculada em R$ 2,8 bilhões. "Após
várias negociações junto ao MME, STN, ELETROBRAS, ELETRONORTE, Receitas
Federal e Estadual e outros fornecedores, o Estado conseguiu reduzir
essa dívida para R$ 1,4 bilhão - a ser paga em 20 anos -, resolvendo um
grave problema do Estado. Isso também permitiu habilitar o Amapá a se
interligar ao Linhão de Tucuruí, com recursos assegurados e
implementados pelo governo Camilo", explicou Ramalho.
O ex-governador disse que vai demonstrar com documentos oficiais do
Banco Central e das instituições competentes com quem está a verdade.
"Quem deixou o Estado arrasado, com dívidas e sendo vergonha nacional
não fui eu", declarou Camilo Capiberibe.
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