quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Operação Limos: Secretária presa pela PF seria cota pessoal de Randolfe Rodrigues na Prefeitura



Parece que ainda há muita coisa pra se explicar no que diz respeito ao esquema criminoso investigado pela Polícia Federal na “Operação Limos”, que apura fraudes no programa Bolsa Família durante a atual gestão do prefeito Clécio Luís (PSOL) na Prefeitura de Macapá.


Com exclusividade, o blog foi informado por uma fonte da Prefeitura, ligada a um partido que é aliado do governo municipal de Clécio Luís, que Eliane Gonçalves, teria sido indicada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL) para comandar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast). 


A secretária que foi afastada pela justiça, seria uma das fiéis escudeiras do senador dentro gestão municipal. A indicação de Eliane Gonçalves estaria no rol de secretários do primeiro escalão do governo Clécio Luís que seria da cota pessoal do senador Randolfe Rodrigues, que no jogo da correlação política de forças e de poder no Palácio Laurindo Banha tem fortes aliados e comanda parte da Prefeitura.


O senador Randolfe Rodrigues e o prefeito Clécio Luís, passaram a disputar poder de forma silenciosa dentro do PSOL no ano passado, quando as duas principais figuras públicas do partido tiveram divergências pra decidir com quem o partido deveria apoiar na eleição para o governo estadual.


O único senador do PSOL no Brasil, que nos primeiros anos de sua legislatura no Senado tentou empunhar a bandeira da ética e do combate à corrupção, ocupando os holofotes da mídia tradicional, que por diversas vezes o usou pra disparar sua metralhadora contra o PT e  o governo Dilma, agora tem permanecido calado diante das denúncias de fraudes pipocadas após a deflagração da “Operação Limos”.

O esquema
 
Ontem, durante coletiva no Palácio Laurindo Banha, o prefeito Clécio Luis afirmou que desconhece que Eliane Gonçalves seja filiada ao PSOL ou a qualquer outro partido político. O prefeito titubeou a ser indagado pela imprensa se teria conhecimento do esquema montado na Semast.


Há suspeitas de que o esquema possa ter sido utilizado para favorecer candidatos apoiados pelo governo municipal, algo que não foi descartado pelo delegado Alain Leão, responsável pelo caso, ontem durante coletiva de imprensa na sede da PF em Macapá.


Eliane Gonçalves permanece presa. Segundo informações da PF, ela foi transferida para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).


Estima-se que cerca de oitocentas a mil famílias foram cadastradas de forma irregular no Programa Bolsa Família e que o prejuízo decorrente das fraudes ultrapasse o valor de um milhão e setecentos mil reais caso os benefícios não sejam suspensos. O pagamento dos benefícios ocorreria a partir de fevereiro de 2015.

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