Matéria da Folha de São Paulo desta quinta-feira, revela dados de uma pesquisa inédita do Inep que coloca o Amapá entre entre os 5 melhores estados da federação quando o assunto é a formação superior dos profissionais da educação. Acompanhem abaixo a matéria da Folha:
55% dos professores dão aula sem ter formação na disciplina
FLÁVIA FOREQUE
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Pouco mais da metade (55%) dos professores do ensino médio da rede pública do
país não tem formação específica na área em que atua.
Em física, a proporção de especialistas na matéria cai a 17,7%; em química, a
33,3%.
Na rede particular, a situação é só um pouco melhor: do total de professores,
47% não possuem a formação ideal.
O levantamento, inédito, foi tabulado pelo Inep (instituto de pesquisas do
Ministério da Educação), a pedido da Folha. A base é o Censo Escolar de
2012 (o mais recente).
Os últimos dados oficiais divulgados sobre deficit de professores no país
referiam-se a uma estimativa da Capes (outro órgão da pasta), com informações de
2005, que englobavam também os anos finais do fundamental.
Considerando as redes públicas e privadas juntas, hoje 53,5% dos docentes do
ensino médio não têm a formação ideal. Naquele ano, eram 51% (fundamental e
médio).
A Bahia é o Estado que possui menor proporção de professores com a formação
ideal (8,5%) no sistema público.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
FORA DA LEI
Na outra ponta da lista está o Distrito Federal (71%). São Paulo possui 57%
-o Estado afirma que, se o professor não tem a formação específica na matéria,
ao menos tem diploma em área correlata (por exemplo, docente de matemática para
física).
"Não existe uma oferta de profissional no ritmo que [a rede] precisa",
reconhece o secretário de educação básica do Ministério da Educação, Romeu
Caputo.
Ele ressalta, porém, que parte do deficit é proveniente de matérias
recentemente incorporadas ao currículo, como sociologia e filosofia.
Para Ana Lúcia Marques, diretora da escola Setor Leste, de Brasília,
licenciatura faz diferença no ensino.
A escola, referência de ensino público na capital, diz ter todo corpo docente
com formação específica. "Uma pessoa que faz engenharia [e dá aula de física]
pode ter o domínio do conteúdo, mas não aprendeu o manejo da classe, que também
é extremamente necessário", disse a diretora.
Para o professor de física no Distrito Federal Paulo Sérgio Alves, 54, a
especialização não é um fator determinante, mas é importante.
"Na área de física, a maioria dos professores é de matemática porque sabe
resolver, mas falta definição do conceito, falta habilidade para passar de onde
vem aquilo."
Na tentativa de reverter o quadro, o Ministério da Educação lançou o pacto
nacional para o fortalecimento do ensino médio. A medida prevê a realização, a
partir do próximo ano, do curso de formação continuada para docentes da rede
pública. Serão 90 horas de capacitação, com bolsa mensal de R$ 200.
O curso do ministério terá o objetivo não apenas de atualizar o conhecimento
dos professores na área de atuação como desenvolver atividades para aproximá-lo
dos alunos em sala de aula, afirma o secretário da área.
7 comentários:
Isso e mentira, pois aqui no Amapá os professores são tratados como vagabundos
Pura mentira, a mídia esta tentado aliena as pessoas, mais todos sabem de como um professor e tratado em nosso estado
A educação no Amapá esta em estado de calamidade, isso é que a mídia que fazer nos acreditamos e a mais pura mentira
Simplesmente revoltante acreditar nessas mídias mentirosas!
Como já parei de acreditar em papai Noel, já posso também parar de acreditar nessas coisas que a mídia posta! Só acho!
São apenas pesquisas, o que se vê na verdade, são alunos que cursam 3ª, 4º e até a 5º série que nem lê sabem. Se isso é o resultado dos investimentos na formação dos professores estão jogando dinheiro fora
Nós vivemos outra realidade totalmente diferente do que foi publicado nesta pesquisa.
Postar um comentário