sábado, 7 de dezembro de 2013

Euricélia diz que foi condenada de forma antecipada durante a Operação Citrus

Euricélia afirma que usou recursos da Funasa para pagar a folha dos servidores
A ex-prefeita de Laranjal do Jari e presidente da Ameap, Euricélia Cardoso, postu em sua página do facebook um texto onde se defende das acusações que pesam contra ela e repudiou sua prisão na Operação Citrus da PF.
 
Lei abaixo o texto postado por Euricélia Cardoso ou se preferir na sua página do facebook clicando aqui.
 
Estimados(as) amigos(as),

Primeiramente quero agradecer o apoio e o carinho que tenho recebido após o último acontecimento. Para mim, isso é a prova da confiança e do respeito que conquistei durante a minha trajetória política e de vida, construída ao longo dos anos de forma honesta e fiel aos princípios da fé e da moralidade. Como é de conhecimento público, quero esclarecer por meio desta mensagem fatos relevantes, porém ignorados, durante a Operação Citrus, deflagrada pela Polícia Federal, no último dia 22.


Todos sabem que a Operação envolveu diretamente minha pessoa, com acusações que ainda estão sendo apuradas, e apesar do processo de investigação permanecer inconcluso, estranhamente fui condenada de forma antecipada, tendo que cumprir um mandado de prisão temporária que durou longos cinco dias. Lamentavelmente, operações dessa natureza fazem parte de um conjunto de manobras políticas que conta com a participação direta de boa parte da mídia, que por sua vez, contribui para deixar alguns fatos ignorados e mal esclarecidos. Alguns erros foram cometidos, como por exemplo, envolver a Associação dos Municípios do Estado do Amapá (Ameap), instituição respeitada na qual atuo como presidente. A Ameap absolutamente nada tem a ver com esse episódio.   


Mas, o fato é que o acontecido marcou profundamente minha vida. Nesse momento tão difícil cheguei a pensar que Deus tinha me abandonado, pois sempre busquei fazer o bem e de repente me encontrava entre quatro paredes, isolada de tudo e de todos. A sensação que eu tinha era a de que injustamente, o meu nome, minha imagem, minha história e a minha honra, tudo o que eu busquei construir de forma correta, justa e digna, tinha acabado de ser jogado numa vala comum. Meu único sentimento é de que paguei com o preço mais precioso e mais caro que um ser humano pode pagar. Paguei com minha própria HONRA e a da minha família também. Sempre enalteci a minha Fé e Crença, e por um instante, pensei que nada mais tinha sentido, que nada do que eu fiz tinha valido a pena. Contudo, tenho FÉ em Deus que superarei mais essa, a exemplo de tantas, difícil etapa da minha vida.

Ao término da prisão temporária, dei uma coletiva juntamente com meus advogados, Dr. Brahuna, Dr. Mário Gurtyev e Dr. Maurício. Mas, infelizmente percebi que não interessou muito à imprensa divulgar e dar o direcionamento justo e esperado, afinal, pensamos que seja dever da imprensa divulgar os fatos tal qual como eles realmente ocorrem. Com a edição da entrevista, praticamente quase nada dos meus esclarecimentos e das explicações fundamentadas juridicamente por meus advogados foi veiculado.

Apesar desse detalhe, o que prevaleceu foi a minha coragem de publicamente assumir um erro cometido com a intenção de acertar, garantindo o direito de pessoas que trabalharam. Não me sinto desonesta por ter transferido parte do dinheiro de um convênio federal para honrar a folha de pagamento de servidores da Prefeitura de Laranjal do Jari. O valor destinado foi o correspondente a R$1.320,000 (um milhão, trezentos e vinte mil), para quitar os salários de funcionários referentes ao mês de setembro de 2012. Eu e minha equipe financeira e contábil fizemos estudos e vislumbramos várias possibilidades de devolver o valor nos meses seguintes, sem provocar nenhum transtorno para a execução do empreendimento da Estação de Tratamento de Abastecimento de Água (ETA). Fomos motivados pela grave crise que enfrentávamos em decorrência de uma medida do Governo Federal, que com a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tivemos quedas financeiras exorbitantes ocasionando perdas significativas no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal receita do município. Fonte esta que também contamos para realização de pagamento de funcionário. Entretanto, tínhamos a certeza de honrarmos com este compromisso diante da receita estimada em R$1.812.000,00 (um milhão, oitocentos e doze reais) de Imposto sobre Serviços (ISS), referente aos 21 empreendimentos em andamento, a saber: a construção de três Escolas, duas Creches, um Ginásio Poliesportivo, Matadouro, Pavimentação do bairros agreste, Mirilândia e Nova Esperança, reforma e ampliação de cinco Unidades Básicas de Saúde, dois conjuntos habitacionais; buritizal e Cajari, além da Estação de tratamento de água. E mais três paralisadas (Ponte, Centro de referência da saúde da mulher e Escola de música). Vale ressaltar que também ficou aprovado na Caixa, mais um importante projeto o Conjunto habitacional com Mil Unidades e seis equipamentos sociais. (Escola, Creche, Praça, Centro de Convivência do Idoso, Centro Comunitário e Uma Unidade Básica de Saúde) Com previsão pra iniciar no ano seguinte.

Além de aproximadamente R$3.500.000,00 (Três milhões e quinhentos mil reais) de dívida ativa e R$3.600,000 (três milhões e seiscentos mil reais) referente hidrelétrica, num montante de quase R$ 9.000,000,00 (Nove milhões) previsto para a partir de 2013. Sem mencionar outras possibilidades de arrecadação que entrariam num prazo mais longo.

Determinada em honrar esse compromisso, há cerca de quatro meses estive espontaneamente no Tribunal de Contas da União (TCU/AP), para manifestar minha preocupação e tratar do nosso esforço em buscar uma solução para resolver o mais breve possível essa situação. Posteriormente, após a minha notificação, oficializei as razões que nos motivou tal atitude, conforme os detalhes mencionados.

A prisão que me coube cumprir foi arbitrária, baseada em elementos fracos. O que ocorreu com o recurso do convênio não foi um desvio de verba pública para beneficiamento próprio, foi apenas um redirecionamento, obviamente não permitido, mas devidamente justificável e contabilizado. Tal ato cumpriu com o papel da gestão pública que é o bem-estar social.

Diante do exposto, conto com a compreensão e o respeito de todos os amigos e as pessoas que admiram meu trabalho e que sabem da minha integridade. Vou lutar para que tudo seja esclarecido e que a minha inocência seja comprovada diante da justiça e da sociedade. Podem ter certeza, com a minha fé fortalecida, tudo será reerguido em minha vida, principalmente a minha honra e imagem, e também da minha família, o bem mais precioso que Deus me deu.

Aproveito para agradecer mais uma vez pelo carinho e respeito dos amigos e amigas e desejar boas festas e um ano novo muito feliz para todos nós!

Vamos com fé, pois a vida continua!

Euricelia Cardoso

Presidente da Associação dos Municípios do Estado do Amapá - Ameap

Um comentário:

Unknown disse...

tinha que prender msm pois esta totalmente envolvida!