O GLOBO
A Anglo American - Sistema Amapá informou ontem que, em colaboração com
o Corpo de Bombeiros, está contratando mergulhadores para auxiliar na
busca das três vítimas ainda desaparecidas do acidente no Porto de
Santana, a cerca de 20 km de Macapá, a capital do Amapá. Já foram
resgatados três corpos do acidente, que ocorreu por volta da meia-noite
da última quinta-feira, quando parte do terreno onde se localiza o píer
flutuante, utilizado na atracação de navios que embarcam minério de
ferro, desmoronou no Rio Amazonas. As causas do desmoronamento ainda
estão sendo investigadas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a dificuldade no resgate está na
quantidade de ferragens no rio e também no fato de ter deslizado uma
grande massa de terra, o que tornou mais restrito o acesso ao local.
Na sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), em visita à
área, levantou a hipótese de o acidente ter sido causado por negligência
na manutenção do píer construído nos anos 1950.
O embarque de minério de ferro da empresa pelo porto está suspenso e
não há previsão para a retomada das atividades. A Anglo American
informou também que a produção de minério de ferro no Sistema Amapá não
foi paralisada em função do acidente no porto. No ano passado, a
produção do Sistema Amapá somou 7,2 milhões de toneladas. A mina está
localizada em Pedra Branca do Amapari, a cerca de 200 km de Santana.
Em nota, a Anglo American afirma lamentar profundamente pelo acidente e
informa que está trabalhando em parceria com as autoridades nas
atividades de busca e segurança da área.
O governo do Amapá informou que a empresa será notificada, pelo
Instituto do Ambiente e Ordenamento Territorial do estado, a apresentar
plano de emergência. Será contratada uma empresa para fazer o laudo
sobre as causas do desmoronamento.
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