Por Emerson Renon
O gerente de manutenção da Anglo Ferrous, Jonas Dantas, confirmou aos integrantes da Comissão Parlamentar Mista Especial (deputados e vereadores de Santana e Pedra Branca) – da Assembleia Legislativa – que não haverá demissões na empresa por conta do desabamento do porto, em Santana, ocorrido na última madrugada do dia 28, do mês passado. A notícia foi dada durante a visita dos parlamentares a empresa, na tarde de quinta-feira (4), em Pedra Branca do Amapari.
“A direção da mineradora já conversou com todas as empresas que prestam serviços a Anglo Ferrous e a ordem é não demitir ninguém”, garantiu Jonas Dantas.
Conforme o gerente de manutenção, a determinação veio de Londres, Inglaterra. A direção traçou três prioridades: continuar as buscados dos desaparecidos; investigar as causas que provocaram o acidente e não fazer nenhum transporte de minério ao porto de Santana.
“As decisões tomadas pela empresa foram as mais adequadas para o momento, isso mostra respeito as famílias atingidas pelo acidente e aos trabalhadores que estavam inseguros quanto a permanência no emprego”, disse Charles Marques, presidente da comissão mista.
Segundo Dantas, a mineradora reduziu o ritmo de produção em 50%. A queda está associada a falta de espaço para armazenar o matéria-prima produzida. Ainda conforme Dantas, o espaço existente deve ser preenchido em 30 dias.
“A nossa capacidade de produção ano é de 6,5 milhões de toneladas ano de minério e recebíamos de 12 a 15 embarcações no mês. Com o acidente, ainda não sabemos com exatidão quando retornaremos com esta mesma produtividade, até porque as exportações estão suspensas”, adiantou.
Para voltar com as exportações, a empresa estuda a possibilidade de usar a Companhia das Docas de Santana. “É uma saída e isso seria uma forma da empresa manter as atividades e ao mesmo ter manter os empregos dos trabalhadores”, analisou Charles Marques.
De acordo com Dantas, caso a Anglo Ferrous passe a usar a Docas de Santana, o embarque de minério deve ser retomado de forma lenta. “Devemos retornar com duas ou três embarcações”,revelou, e afirmou que as atividades de exportações só devem normalizar após a construção de um porto. “Não sabemos com exatidão o tempo que isso pode levar”.
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