segunda-feira, 16 de maio de 2011

O discurso ético de Randolfe Rodrigues e o silêncio sobre o caso FUNASA

O senador Randolfe Rodrigues tem se demonstrado um palanque de contradições, quando o assunto é o debate ético e de oposição. O Psolista propagandeia a criação de uma CPI do ECAD. Um discurso de que é preciso moralizar a gestão do dinheiro público.
Até aí tudo bem! Pontos para Randolfe. Esse é o papel de um senador de oposição e que rompeu com o PT pregando uma renovação da esquerda socialista através de um novo sol.
No debate nacional, Randolfe cumpre o papel de um SOL, que de dia chama para si o centro das atenções políticas levantando a CPI do ECAD como sua principal bandeira política. Mas a noite se esconde perante a lua (Sarney) que opera nos bastidores políticos o futuro do Amapá.
Parece que em todos os momentos de enfrentamento na defesa dos interesses do Amapá, acontece um eclipse lunar entre Sarney e Randolfe Rodrigues. Foi assim no caso da CEA que Sarney insiste em federalizar e em outros debates.
Mas Randolfe Rodrigues foi eleito pelo povo do Amapá para defender os interesses deste malogrado Estado da federação na Casa dos Lordes. Até o presente momento, quando o assunto é a sua posição política em relação a temas polêmicos que abordam o cenário político local, ele se cala.
Nos bastidores políticos, o PSOL já começa a construir um debate político focalizado nas eleições de 2012. Segundo informações da própria estrela ensolarada, o objetivo estratégico é manter a aliança espúria com as forças políticas que apoiaram Lucas Barreto em 2010. Cito aqui principalmente o PTB.
Neste exato momento quando a revista Época expõe as vísceras do esquema criminoso de financiamento com dinheiro público das campanhas do PMDB de 2008, por meio de recursos provenientes da FUNASA, Randolfe Rodrigues novamente se cala.
Por que Randolfe Rodrigues, que se reivindica um dos últimos guardiões do bastião sagrado da ética fica calado perante as denúncias que envolvem dinheiro público destinados ao Amapá?
Ele não é oposição ao governo federal? O PMDB não faz parte da base aliada do governo Dilma? Gilvam Borges não é do PMDB de Sarney, que é aliado do governo federal do PT? Partido que ele tanto combateu em tempos passados e presentes!
Se Randolfe Rodrigues lançou-se candidato a presidência do Senado falando em purificar com o crisol as velhas raposas da política, propondo uma agenda de moralização daquela casa, por que ele se cala?
Se ele quis destituir um aliado de Sarney da presidência do Conselho de Ética do Senado, não era para ele agora ser o primeiro a levantar a voz contra um aliado local de Sarney, pertencente ao PMDB?
Não seria o momento de o PSOL, a nova aurora do socialismo tirar do fundo da cartola uma representação no Conselho de Ética do Senado contra os caciques do PMDB? Os manos Gilvam e Geovane Borges!
O lado do ensolarado? Somente o tempo dirá!

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