quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Diplomação: 12 dos eleitos estão enrolados na justiça

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TER/Ap), realiza nesta quinta-feira (18) a diplomação de todos os candidatos eleitos nas eleições de 2014 e seus respectivos suplentes; Dos 34 efetivamente eleitos que receberão os diplomas das mãos do presidente do TRE-AP, desembargador Raimundo Vales, doze estão denunciados ou respondem ações judiciais
 
Domiciano Gomes do Amapá 247 - A maioria responde pela prática de crimes como: improbidade administrativa, denunciação caluniosa, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e até lavagem de dinheiro pelo pagamento ilegal de precatórios.

O governador  Waldez Góes (PDT) e o deputado Moises Souza (PSC) lideram a lista dos eleitos enrolados com a justiça. Ambos foram denunciados pela prática de diversos crimes relacionados ao desvio de recursos públicos. Waldez chegou a ser preso em 2010 e Moises encontra-se afastado da presidência da Assembléia Legislativa por decisão judicial.

Dos oito deputados federais dois deles, Roberto Góes (PDT) e Marcos Reategui (PSDC) também respondem a denúncias graves realizadas pelo Ministério Público. O ex-prefeito, Roberto Goés, é acusado de comandar um esquema montado para desviar recursos na prefeitura da capital. Já o ex-procurador geral do Estado e delegado da Polícia Federal, Marcos Reategui, é acusado de receber R$ 467 mil para autorização de pagamento ilegal de um débito no valor de R$ 3,9 milhões do Estado com a empresa Sanecir. Em outra ação o delegado responde por vazar informações de dentro a PF.

Entre os 24 deputados estaduais que serão diplomados,  nove estão enrolados com a justiça . São eles: 

Marília Góes (PDT), Moises Souza (PSC), Michek JK (PSDB), Júnior Favacho (PMDB), Dr. Jaci (Pros), Charles Marques (PSDC), Mira Rocha (PTB), Roseli (DEM), e Kaka Barbosa (PTdoB).
Entidades da sociedade civil que lutam contra a corrupção no país, afirmam que a brechas na legislação brasileira permitem esse tipo de situação beneficiando políticos envolvidos em escândalos de corrupção e outros crimes. Por parte da sociedade havia a expectativa de que a lei da ficha limpa barrasse tais candidatos, porém quase nada mudou.

A reação deveria ocorrer nas urnas, no entanto, no caso do Amapá, os políticos presos em 2010 durante a operação Mãos Limpas foram os mais bem votados.

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