Passado quase dois meses do fim das eleições de 2014 o palanque da
disputa política no Amapá permanece montado seguindo a linha do “quanto
pior, melhor”; Mesmo com o resultado favorável nas urnas o partido do
governador eleito, Waldes Góes (PDT), juntamente com aliados, mantém a
prática oposicionista de criar dificuldades ao atual governo.
Domiciano Gomes no Amapá 247 - Nessa quinta-feira
(11) a Comissão de Orçamento e de Finanças da Assembleia Legislativa
negou o pedido de remanejamento orçamentário solicitado pelo Executivo,
constante no Projeto de Lei 022, que visava resolver pendências
financeiras com diversos prestadores de serviços do Governo do Amapá,
sobretudo da Secretaria de Estado da Educação.
A referida comissão tem como relator o deputado estadual Keka
Cantúaria (PDT), um dos principais dirigentes do partido de Waldez. O
parlamentar argumentou que o problema do governo não seria a falta de
dotações orçamentárias e sim a falta de recursos financeiros, porém
ainda assim foi contra a intenção do atual governo em otimizar os poucos
recursos ainda disponíveis, retirando dotações orçamentárias de órgãos
que até hoje as não utilizaram – e que dificilmente vão utilizar –,
repassando para outros que precisam fechar suas contas.
Em outro caso recentemente, membros da equipe de transição do próximo
governo teriam orientado os representantes de empresas prestadores de
serviços e fornecedoras de medicamentos da Secretaria de Estado da Saúde
(Sesa) que não entregassem nenhum produto contratado pelo órgão até o
dia 2 de janeiro, sob pena de não receberem o pagamento devido.
A revelação foi feita por empresários que participaram de uma
audiência promovida pelo promotor André Luiz Dias Araújo, titular da
Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública de Macapá, a pedido do
secretário de Estado da Saúde, Jardel Nunes.
Nos dois casos a principal vítima da “batalha política sem fim” é a
população que precisa de atendimento na rede pública de saúde, e
trabalhadores que prestam serviços ao governo e não receberão seus
salários de final de ano. Aliados do governador Camilo Capiberibe (PSB)
afirmam que a estratégia do PDT é impedir os pagamentos e criar falta de
medicamentos nos hospitais para que em janeiro o governador Waldez
entre com a “solução”.
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