quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Com fama de durona, Sueli Pini será a primeira mulher a presidir o Tjap

A nova presidente do Tjap, desembargadora Sueli Pini tem fama de durona e intransigente no combate a corrupção



A desembargadora Sueli Pini é a primeira mulher a se tornar presidenta do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap). A eleição ocorreu na manhã desta quarta-feira, 03, no prédio do Tjap. Pini recebeu oito dos nove votos em votação sigilosa no plenário do tribunal.


O desembargador Constantino Brahúna, possível concorrente ao cargo pra bater chapa com Pini, não participou da sessão porque foi afastado em decisão recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Brahúna já recorreu da decisão do CNJ com recurso junto ao STF.


Os dois desembargadores, Brahúna e Pini, haviam litigado em outros momentos no CNJ por conta da vaga de desembargo no Tjap por conta da aposentadoria do desembargador Dôglas Evangelista. Mesmo litigando pela vaga deixada por Evangelista, ambos se tornaram desembargadores com a aposentadoria do ex-presidente do Tjap Mário Gurtyev.


Sueli Pini tem em sua biografia a decisão histórica de ter afastado em junho de 2012 o presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Moisés Souza e Edinho Duarte, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) depois de realizar em maior de 2012 a “Operação Eclésia”, deflagrada em maio do mesmo ano em parceria com a Polícia Civil.


Na época Sueli Pini afastou os deputados, diante das investigações do MP que desmontou um esquema de fraudes, desvio de verbas públicas, favorecimento de empresas e nepotismo na Assembleia Legislativa, provocando uma verdadeira devassa nos gastos vergonhosos praticados por deputados estaduais. 


Na votação desta quarta-feira que elegeu Sueli Pini pra comandar o judiciário amapaense, a partir de março de 2015, ainda foram escolhidos o desembargador Raimundo Vales como vice-presidente e o desembargador Carmo Antônio como corregedor-geral do Tjap.

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