A nova presidente do Tjap, desembargadora Sueli Pini tem fama de durona e intransigente no combate a corrupção |
A desembargadora Sueli Pini é a
primeira mulher a se tornar presidenta do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).
A eleição ocorreu na manhã desta quarta-feira, 03, no prédio do Tjap. Pini
recebeu oito dos nove votos em votação sigilosa no plenário do tribunal.
O desembargador Constantino Brahúna,
possível concorrente ao cargo pra bater chapa com Pini, não participou da
sessão porque foi afastado em decisão recente do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). Brahúna já recorreu da decisão do CNJ com recurso junto ao STF.
Os dois desembargadores, Brahúna
e Pini, haviam litigado em outros momentos no CNJ por conta da vaga de
desembargo no Tjap por conta da aposentadoria do desembargador Dôglas
Evangelista. Mesmo litigando pela vaga deixada por Evangelista, ambos se tornaram desembargadores com a aposentadoria do ex-presidente do Tjap Mário Gurtyev.
Sueli Pini tem em sua biografia a
decisão histórica de ter afastado em junho de 2012 o presidente e primeiro-secretário
da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Moisés Souza e Edinho Duarte, a
pedido do Ministério Público Estadual (MPE) depois de realizar em maior de 2012
a “Operação Eclésia”, deflagrada em maio do mesmo ano em parceria com a Polícia
Civil.
Na época Sueli Pini afastou os
deputados, diante das investigações do MP que desmontou um esquema de fraudes,
desvio de verbas públicas, favorecimento de empresas e nepotismo na Assembleia
Legislativa, provocando uma verdadeira devassa nos gastos vergonhosos
praticados por deputados estaduais.
Na votação desta quarta-feira que
elegeu Sueli Pini pra comandar o judiciário amapaense, a partir de março de 2015,
ainda foram escolhidos o desembargador Raimundo Vales como vice-presidente e o
desembargador Carmo Antônio como corregedor-geral do Tjap.
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