quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Santana vira o jogo no PSOL!


Por Waldir Pires Bittencourt 

O Município de Santana, na grande Macapá, tem na sua história marcas da revolução cabana que tomou conta da província do grão Pará, a cidade que possui cem mil habitantes, é a segunda maior do Amapá, estratégica por possuir o maior porto do estado, e está a dez quilômetros da capital do estado, deu ao PSOL um exemplo de resistência e coragem, ao ter a ousadia de derrotar o senador Randolfe, e o prefeito Robson Rocha do PTB, no debate interno que toma conta do partido na cidade.

Uma rebeldia cabana que tomou conta da base do partido, e que foi puxada por companheiros que não se organizam organicamente em nenhuma corrente, poucos companheiros da CST, que se organizaram numa tese local, mesmo sem o direcionamento de nenhum agrupamento nacional, sem qualquer estrutura, e com muita coragem, para derrotar a política representada pelo senador Randolfe, que infelizmente no ano passado, envergonhou toda a base do partido quando abandonou as candidaturas do PSOL na cidade, para apoiar o filho do ex prefeito, e ex deputado Rosemiro Rocha, condenada por roubar de maneira avassaladora o povo de Santana, o então vereador Robson Rocha do PTB.

O grupo político que derrotou Randolfe em Santana, é um grupo composto em sua grande maioria por professores, servidores públicos municipais, e uma parte considerável da juventude, que revoltados por serem usados com “moeda de troca” pela direção estadual do partido, que em 2010 viu Randolfe receber o apoio do PTB ao senado, e em 2012 viu Randolfe apoiar pagar a conta ao apoiar o candidato do PTB na cidade.

A tese vencedora, defendida pelo companheiro Mesquita, diz que o PSOL deve entregar todos os cargos no governo do PTB, e romper com os grupos políticos tradicionais que não estão comprometidos com a luta do povo, a tese também rompe com a política de alianças defendida pelo senador Randolfe, o PSOL precisa se afirmar como alternativa para o povo, sem abrir mão dos seus valores fundacionais que nos levaram a romper com a política do PT, e sermos expulsos daquele partido.

O resultado da plenária de Santana, acima de tudo, é um chamado para o bloco de esquerda do PSOL, que deve usar todo seu compromisso militante, para derrotar aqueles que possuem uma política liquidacionista para nosso partido. O exemplo mostrou como a base pode vencer a burocracia, o poder econômico e os poderosos, com coragem e organização.

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