quinta-feira, 2 de maio de 2013

PSOL MOSTRA A CARA - Por Rup Silva

Rupsilva

Para começar a nota oficial do PSOL se posicionando sobre o movimento paredista dos professores é uma peça de extrema irresponsabilidade e mau gosto que serve para deixar claro como suas lideranças tratam seus acordos e os assuntos do Estado.


Todos sabem da importância do PSB na vitória de Clécio Vieira e de suas dificuldades financeiras para tocar seu projeto de governo na PMM. Daí a reaproximação festejada dos socialistas que dava entender que a aliança colocaria uma pá de cal nas esperanças da harmonia voltar ao poder.


Por esta razão considero a nota do PSOL, sócio majoritário e controlador do Sindicato dos Professores uma troça. Uma piada de mau gosto. O senador Randolfe Rodrigues só pode ter tido uma recaída inesperada, pensamos com justa razão. A práxis política do PSOL continua a mesma, pois além do apoio explicito aos professores, foge do problema.


Seu líder não consegue se posicionar com clareza sobre a atitude do seu sindicato por razões óbvias. Não se furtando patrocinar a atitude baderneira, injustificada dos seus militantes que desrespeitam a ordem, a autoridade e o direito dos jovens à educação, princípio básico garantido pela Constituição, ignorado por quem tem o dever de defender com unhas e dentes.


As cenas de agressão ao governador Camilo Capiberibe, esposa e auxiliares, que cumpriam com dignidade suas tarefas de gestor da coisa pública diante da comunidade da UEAP, anunciando medidas importantes, foi assistida por uma população estupefata que, pelas manifestações vistas e ouvidas, não suporta mais esse tipo de atitude que vem prejudicando ano a ano a formação de seus filhos.


O mais grave de tudo é que as teses defendidas em praça pública pela liderança do sindicato baseiam-se na mentira e não se sustentam. Em debate recente Elda Araujo, secretária de Educação e a sua Adjunta Lucia Furlan mostraram as inconsistências e incoerências das reivindicações do presidente  Aroldo Rabelo,  preocupado em fazer política partidária, leia-se PSOL,  no lugar de defender os legítimos pleitos da categoria.


Outra coisa que está claro é que o Sindicato é mal dirigido e pessimamente assessorado ao demonstrar desconhecimento sobre seus direitos e os desacertos nas contas que faz. As perdas, por sinal, a maior delas tributada ao governo anterior que não foi questionado em nenhum momento por essa minoria de professores amotinados contra os interesses da sociedade, em um período em que só ganharam as lideranças do SINSEPEAP, dizem.


E por favor, nunca mais venham que a bolorenta tese do “rasgaram o estatuto do magistério” que seus dirigentes têm a obrigação de saber ter sido vitimado pela LDB, coisa que insistem em atribuir ao ex-governador João Capiberibe. E que a incorporação da regência não se trata de perda, mas de ganho para toda a categoria.


O resto é manifesta ignorância de quem não pode negar os fatos. Eles sabem que os socialistas sempre deram um tratamento correto às causas dos professores como a criação da mesma regência de classe que dobrou o salário dos mestres, tornando-o o maior do Brasil, um estímulo para trazer o professor para a sala de aula de onde fugiam com o diabo foge da cruz. A regência tocava-os de volta às salas de aula.


Por conta disso, penso que o PSOL tem a obrigação de vim a público se manifestar pela ordem pública e o respeito à autoridade constituida. Ou Randolfe e Clécio imaginam que as pessoas não os ligarão aos fatos? Ou que podem assumir o ‘não estou nem aí’, apostando no desgaste do governador que demonstrou responsabilidade ao apoiar Clécio no segundo turno das eleições municipais e que, num gesto de grandeza maior ainda, celebrou um acordo de parceria com a PMM no sentido de resolver seus graves problemas de ordem financeira? Será?


Fosse governador chamaria o partido para uma conversa, dura se possível, no sentido de definir essa arenga irracional do sindicato. Nada contra o direito de manifestação e de greve. Mas tudo contra a grosseria, a intransigência, a ignorância dos que preferem o caos: a turma do quanto pior melhor. Já basta Sarney que nada de concreto faz pelo Amapá a impedir, pelo vil e subalterno interesse político, o nosso desenvolvimento. O Amapaense de verdade protesta. Chega!!


POUCAS & E BOAS
DE ONDE VEM A FORÇA DOS BORGES? – Esses Borges, como se comenta, são inimigos públicos e comensais do poder. As notícias vindas de Mazagão são aterradoras. Tenho pena da secular população do lugar que nunca imaginou tanta desgraça, mas que não podem ignorar, pois foram avisados. Santana, Incra, Funai, Funasa, saúde já conhecem essa turma. E a força de onde vem? Vem da impunidade, vem de Sarney, que é o seu maior ícone no Brasil.

PELA CULATRA – Quem pensou tirar vantagem do episódio da agressão ao governador e no desgaste do governo perdeu tempo e se deu mal. Gente feita Moises Souza, Edinho Duarte, Gilvan e seu chefe perderam. Como perdeu a mídia amestrada, me dizia um veterano da comunicação.Tem razão.

RUMO AO CADAFALSO – É mais crítica que parece a situação da S.E.R  São José que teve seu complexo esportivo penhorado pela justiça para pagar uma dívida de 46 mil reais contraída pelo ex-presidente Vicente Cruz com um hotel , em audiência que por sinal deixou de comparecer para contestar ou negociar a divida. Foi revel. Conclusão: o que foi duro construir poderá ser perdido facilmente pelo descaso do ex-presidente.

MAIS DÍVIDA – Outras dívidas estão chegando segundo Rômulo Simões, atual presidente, que tem o pepino nas mãos.Tem uma de 200 mil com um credor que mandou descontar um cheque do clube, sem fundos,  no Banco do Brasil. Na reunião para tratar do problema só gente humilde e que gosta do clube. Os medalhões que usaram a instituição para aparecer pularam fora, passaram  por longe do muro das lamentações.

SURDA, CEGA E MUDA. Apesar da repercussão e dos discursos de reprovação generalizado que ecoaram pelo Estado, para a repórter da TV Amapá que cobriu o episódio da agressão ao governador diante da UEAP, nada de grave aconteceu naquele dia…Tudo não passara de uma manifestação dos professores “contra o governador Camilo Capiberibe”, segundo ela. Por favor, voltem à escola!
PS. Para não ser injusto, depois, diante da mancada, mudaram o tom e falaram a verdade.


A REVANCHE – E o FPE senador? Sarney com a licenciosidade de sempre, fala monocórdia, sem questionamento, desfilou seus feitos em favor [?] do Amapá depois de 23 anos de mandato. Segundo os desafetos desta feita não citou a Fortaleza de Macapá. Ele que dissera ser esse seu último mandato veio para se desmentir. Um adorador do poder não deixa a cena desta forma. Venha Senador, sabemos do seu poder e do tamanho da sua fazenda de muares. O povo anseia por uma revanche para lembrar aquela eleição misteriosa de 2006 com Cristina Almeida [PSB].
Por hoje é só.

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