Além do sempre
dissidente governador do Ceará, Cid Gomes, Eduardo Campos tem recebido
novas críticas dos correligionários que, em tese, teriam de ficar a seu
lado no plano de concorrer à presidência em 2014; o mais novo integrante
do time é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que defende que "o
melhor" para o PSB neste momento é apoiar a reeleição da presidente
Dilma
247 – Como se não bastasse já ter de enfrentar
os adversários, no caso do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é
preciso convencer também aqueles que deveriam naturalmente ficar ao seu
lado, uma vez que pertencem ao mesmo partido. Disposto a concorrer à
Presidência da República em 2014, o presidente nacional do PSB sempre
recebeu críticas de Cid Gomes. O time de dissidentes, que já integrava o
irmão do governador do Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes, vem agora, no
entanto, ganhando mais participantes.
O mais novo crítico é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que
afirmou nesta segunda-feira que "o melhor" hoje para o partido seria
apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Fazemos parte da base
de apoio da presidenta Dilma. Apoiamos a eleição da presidenta [em 2010]
porque acreditamos que ela era a pessoa mais preparada para dirigir o
Brasil. Acho que, neste momento, o melhor é continuar na base de apoio",
afirmou o governador, à Folha de S.Paulo.
Em seu ponto de vista, o "ciclo que começou em 2010" estará concluído
em 2018. "E aí várias políticas nas quais acreditamos, que estão sendo
implementadas pela presidenta Dilma com nosso apoio, vão estar
consolidadas. Então vai ser o momento de promover a alternância no
âmbito federal", prosseguiu Capiberibe, que criticou ainda a aproximação
de Eduardo Campos com siglas como DEM e MD (consolidação entre PPS e
PMN). "Não dá para construir uma candidatura baseada em suporte político
com a oposição", criticou.
Além de Capiberibe e Cid Gomes, outro governador do PSB compartilha
da ideia de que não é o momento para que Eduardo Campos se lance à
presidência. Na semana passada,
o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que Campos
não está "pronto" para ser candidato ainda. "Precisa de ter tempo de
partido, de aliança, e condições objetivas de ser candidato", afirmou,
em entrevista ao Valor Econômico.
O principal ministro da legenda, Fernando Bezerra Coelho, também é um
integrante importante no grupo.
De acordo com reportagem recente da
Folha de S.Paulo, o chefe da pasta da Integração Nacional estaria usando
o seu gabinete como uma espécie de quartel-general a fim de limar as
pretensões presidenciais de seu padrinho político. Segundo o jornal, ele
estaria promovendo uma série de reuniões com diversos integrantes da
legenda com este único objetivo (leia mais).
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