terça-feira, 21 de maio de 2013

Brasil 247: Dilma ganha apoio de mais um "aliado" de Campos

Além do sempre dissidente governador do Ceará, Cid Gomes, Eduardo Campos tem recebido novas críticas dos correligionários que, em tese, teriam de ficar a seu lado no plano de concorrer à presidência em 2014; o mais novo integrante do time é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que defende que "o melhor" para o PSB neste momento é apoiar a reeleição da presidente Dilma

21 de Maio de 2013 às 10:42

247 – Como se não bastasse já ter de enfrentar os adversários, no caso do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é preciso convencer também aqueles que deveriam naturalmente ficar ao seu lado, uma vez que pertencem ao mesmo partido. Disposto a concorrer à Presidência da República em 2014, o presidente nacional do PSB sempre recebeu críticas de Cid Gomes. O time de dissidentes, que já integrava o irmão do governador do Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes, vem agora, no entanto, ganhando mais participantes.

O mais novo crítico é o governador do Amapá, Camilo Capiberibe, que afirmou nesta segunda-feira que "o melhor" hoje para o partido seria apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Fazemos parte da base de apoio da presidenta Dilma. Apoiamos a eleição da presidenta [em 2010] porque acreditamos que ela era a pessoa mais preparada para dirigir o Brasil. Acho que, neste momento, o melhor é continuar na base de apoio", afirmou o governador, à Folha de S.Paulo.

Em seu ponto de vista, o "ciclo que começou em 2010" estará concluído em 2018. "E aí várias políticas nas quais acreditamos, que estão sendo implementadas pela presidenta Dilma com nosso apoio, vão estar consolidadas. Então vai ser o momento de promover a alternância no âmbito federal", prosseguiu Capiberibe, que criticou ainda a aproximação de Eduardo Campos com siglas como DEM e MD (consolidação entre PPS e PMN). "Não dá para construir uma candidatura baseada em suporte político com a oposição", criticou.

Além de Capiberibe e Cid Gomes, outro governador do PSB compartilha da ideia de que não é o momento para que Eduardo Campos se lance à presidência. Na semana passada, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que Campos não está "pronto" para ser candidato ainda. "Precisa de ter tempo de partido, de aliança, e condições objetivas de ser candidato", afirmou, em entrevista ao Valor Econômico.

O principal ministro da legenda, Fernando Bezerra Coelho, também é um integrante importante no grupo. 

De acordo com reportagem recente da Folha de S.Paulo, o chefe da pasta da Integração Nacional estaria usando o seu gabinete como uma espécie de quartel-general a fim de limar as pretensões presidenciais de seu padrinho político. Segundo o jornal, ele estaria promovendo uma série de reuniões com diversos integrantes da legenda com este único objetivo (leia mais).

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