Fica
cada vez mais evidente a manipulação político-eleitoral da greve dos
professores estaduais. Adversários políticos do atual governo sequer
disfarçam mais o envolvimento e a participação no movimento que envolve a
maior categoria de servidores públicos do Estado.
Do Portal MZ
Uma das "bases" do movimento grevista é a residência onde morou ex-governador Waldez Góes e a atual deputada estadual Marília Góes no bairro Buritizal, Zona Sul de Macapá.
Uma das "bases" do movimento grevista é a residência onde morou ex-governador Waldez Góes e a atual deputada estadual Marília Góes no bairro Buritizal, Zona Sul de Macapá.
No último sábado, 4, diversos militantes sindicais participaram de
uma reunião no imóvel que pertence a Waldez, onde uma faixa fixada no
muro da residência deixa clara a relação entre o PDT, partido de Waldez e
Marília, e o Sinsepeap.
Segundo informações, o encontro foi para montar a estratégia de
pressão para retirar o maior número possível de professores das escolas a
partir de segunda-feira, 6, véspera do início de mais uma greve.
A relação política entre o PDT e o movimento grevista já tinha sido
denunciada pelo senador João Capiberibe e pelo próprio governador
Camilo. Para eles, em 2011, o partido teve forte influência na posição
dos "grevistas" em recusarem 17% de reajuste salarial oferecido pelo
governo e na manutenção de três meses de paralisação, gerando sérios
prejuízos no ano letivo.
Incentivo à violência
No último dia 28, o presidente do Sinsepeap, Aroldo Rabelo, liderou
um grupo de professores que, juntamente com alguns pedetistas, agrediram
fisicamente o governador durante um evento público no prédio da
Universidade do Estado do Amapá (UEAP). O mesmo grupo tentou agredir
recentemente alguns deputados durante a votação do projeto que
incorporou a regência ao salário dos professores.
"Mãos Limpas"
Waldez Góes foi governador do Amapá entre 2003 e 2010. Durante esse período, o Estado foi alvo de diversas operações da Polícia Federal relacionadas à corrupção no serviço público.
O próprio Waldez, juntamente
com a esposa Marilia Góes e diversos aliados, foram presos em 2012
durante a operação "Mãos Limpas". O grupo político perdeu as eleições de
2010 e recentemente perdeu também as eleições para a Prefeitura de
Macapá.
Waldez , Marília e Roberto Góes, que é primo do ex-governador e
prefeito de Macapá até 2012, são os pré-candidatos do PDT ao governo do
Estado em 2014. Roberto também foi levado preso pela Polícia Federal a
Brasília, onde passou mais de 60 dias na Papuda.
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