O governador Waldez Góes (PDT), foi o principal derrotado no processo de articulação política para eleger a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Santana e acabou sendo obrigado a recuar do seu pleito intervencionista no poder legislativo santanense.
O governador foi obrigado a recuar com seu candidato na disputa, após ser desarticulado por outros grupos políticos locais.
Apesar da insistência em tentar convencer os vereadores, Waldez Góes chegou a ouvir um sonoro não do próprio prefeito eleito Ofirney Sadala (PSDC), que sempre se colocou contra a candidatura do vereador Rato do PDT, por ter apoiado eleitoralmente o prefeito Robson Rocha.
O vereador Josivaldo Abrantes, conhecido popularmente por Rato (PDT), era o nome apoiado pelo Palácio do Setentrião, que tentou até os últimos momentos, arregimentar apoios e construir a maioria de votos dos vereadores, necessária para consolidar a eleição do presidente.
Segundo fontes palacianas e aliados do vereador Rato, o governador Waldez Góes chegou a prometer cargos e espaços no governo para um grupo de vereadores, ainda no mês passado, durante reunião com 10 vereadores no Palácio do Setentrião.
Mas outros interesses locais e de deputados estaduais, fizeram com que o governador encerra-se o ano, sofrendo uma dura derrota com seu pupilo do PDT em Santana, que envolvem deputados estaduais e de outros grupos políticos locais.
Dentre esses interesses estão os que envolvem os deputados estaduais Jory Oeiras (PRB) e Charles Marques (PSDC), que junto com Ofirney Sadala, acabaram garantindo a vitória à candidata governista, professor Helena Lima, vereadora de primeiro mandato e irmã do ex-vice-prefeito de Santana, Melquises Lima.
Outro deputado que indiretamente teve influência na disputa foi Jaci Amanajás (PPS), atual presidente da Assembleia Legislativa. Amanajás foi um dos fiadores e apoiadores da vereador Dr. Kátia (PTN), que vai ocupar a vice-presidência da Câmara.
Há quem diga também que ida do vereador Angelo Santos (PCdoB) para a chapa encabeçada pela professora Helena, teria sido ordenada pela deputada federal Marcivânia Flexa (PCdoB). O vereador Ângelo Santos é fiel escudeiro de Marcivânia e se elegeu com o apoio de seu grupo político.
Outro grupo que não engoliu o nome do vereador Rato, foi o liderado pela família Nogueira, que definiu o apoio da vereadora Socorro Nogueira (PT) a candidatura da professora Helena.
Outros vereadores também foram orientados por caciques e grupos políticos, que mesmo aliados do governador Waldez Góes, estão descontentes com o tratamento dado pelo Palácio do Setentrião com o aliados de Santana.
A derrota antecipada do candidato do PDT, que não conseguiu sequer o número de cinco vereadores, suficientes para registrar uma chapa na Mesa Diretora, também é uma derrota do governador Waldez Góes e um recado ao pedetista.
O comentário nos corredores da Câmara Municipal por parte de alguns vereadores é de que o recado foi dado a Waldez Góes, ao mostrar ao governador que Santana não é quintal dos interesses de grupo políticos estaduais.
O recado foi dado por meio de uma derrota política no legislativo mirim e pode ser maior no futuro, já que Waldez é visto pelos vereadores como um político de muitas promessas e pouco cumprimento de acordos, tentando agradar ao mesmo tempo gregos e troianos.
Waldez Góes teve que aceitar a seco a rebeldia dos parlamentares santanenses, pois o vereador Rato (PDT), não foi obrigado a recuar de sua candidatura, mas sim não conseguiu os 5 votos necessários para registrar sua chapa a tempo, já que foi desarticulado pelo próprio prefeito Ofirney Sadala e por deputados estaduais.
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