Os atrasos em salários atinge todo o quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de Santana (PMS), desde os servidores efetivos até os comissionados, contratos administrativos, monitores e os chamados bolsistas.
Por Heverson Castro
Parece que o Natal e o fim de ano não deve ser um dos melhores para alguns funcionários da PMS. Denúncias dão conta que centenas de servidores da Prefeitura, estariam com até 3 meses de salários atrasados, segundo informações de funcionários que fizeram contato com nossa equipe de reportagem, mas que não quiseram se identificar com medo de sofrer represálias por parte do atual governo municipal.
Os atrasos atingem principalmente os servidores do contrato administrativo e os chamados "monitores e bolsistas" que recebem uma remuneração de um salário mínimo.
Os salários de monitores e bolsistas dos meses de setembro, outubro e novembro ainda não foram pagos. A maioria desses servidores estão lotados na Assistência Social do município em órgãos como a Casa da Juventude, Centro do Idoso, Cras e o antigo Peti.
A informação que foi apurada é que somente parte destes funcionários recebem de acordo com critérios estabelecidos politicamente, devido ao empenho eleitoral e seriam encaminhados parte dos bolsistas e monitores por ordens do prefeito e da primeira-dama para que a Secretaria de Administração possa efetivar os pagamentos.
Vários funcionários que não seriam apadrinhados politicamente e que não rezaram na cartilha eleitoral na campanha ficaram de fora de alguns pagamentos, denuncia alguns servidores
Informações dão conta que desde que saiu derrotado do processo eleitoral, o prefeito Robson Rocha (PR), vem escalonando, parcelando e escolhendo quais tipos de funcionários vão para a folha de pagamento. Os pagamentos de alguns funcionários não estariam sendo atualizados desde o mês de outubro, quando foi encerrado o processo eleitoral em que o atual prefeito saiu derrotado.
Bloqueio judicial
Nesta quarta-feira (07), o Secretário de Governo da PMS, Alberto Góes, durante entrevista por telefone, reconheceu que existem pagamentos de funcionários atrasados, alegando que em diversos casos os salários não caíram na conta dos funcionários porque as contas da Prefeitura estariam bloqueadas.
Segundo Alberto Góes, o bloqueio judicial é provocado por conta de uma pendência da Prefeitura em relação ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, que vem desde a gestão passada do ex-prefeito Antônio Nogueira (PT).
O secretário afirma que a justiça teria determinado a criação de uma conta no Banco do Brasil para depositar recursos do Fundo Municipal, mas até o presente momento o banco não teria acatado a decisão judicial, o que vem prejudicando a Prefeitura que é alvo de constantes bloqueios judiciais.
Alberto Góes afirmou ainda por telefone, que desconhecia atrasos de bolsistas e contratos que podem chegar a 3 meses, por se tratar de informações que são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Administração (Semad).
Por outro lado, alguns bolsistas e funcionários desconfiam da seriedade da versão oficial que é dada tanto pelo prefeito, quanto por secretários em reuniões de governo que acontecem dentro da Prefeitura.
"Todo mês eles dizem a mesma coisa e ficam mentindo para os funcionários. Eles dizem que todo mês a conta da Prefeitura fica bloqueada e nisso já estamos com 3 meses de salários atrasados", denuncia um bolsista lotado na Casa da Juventude, que não quis se identificar com medo de sofrer perseguição política.
A informação dada pelo secretário Alberto Góes é que até sexta-feira (09) todos os pagamentos de servidores efetivos, contratos, comissionados, bolsistas e monitores devem ser regularizados. Quantos aos meses em atraso o secretário não soube informar quando os pagamentos serão efetivados.
Tentamos entrar em contato com o prefeito Robson Rocha e com o titular da Secretaria de Administração, mas o telefone de ambos estavam na caixa postal.
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