Uma comissão de deputados liderados pela vice-presidente Roseli Matos (DEM), concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (30) na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP) para, entre outros temas, falar da suposta renúncia do presidente em exercício, deputado Kaká Barbosa (PTdoB), que circulou nas redes sociais durante a manhã. Os parlamentares rechaçaram a notícia e explicaram que tudo não passou de uma grande armação que deverá ser devidamente esclarecida em procedimentos a serem instaurados tanto no âmbito do Parlamento como na esfera Judicial.
Durante a entrevista, a secretária da Mesa Diretora, deputada Edna Auzier (PROS), fez a leitura de documentação protocolada pelo próprio deputado Kaká Barbosa, em que ele explica as circunstâncias em que apôs sua assinatura na tal carta de renúncia – que sequer tinha data definida. A carta teria sido uma exigência do deputado Moisés Souza, ainda antes da campanha de 2014, uma imposição para que Kaká fizesse parte da Mesa Diretora. “Pois sabia das inúmeras investigações que respondia e uma vez que fosse afastado, poderia continuar controlando a Casa tendo a carta de renúncia de seu vice na mão”, comentou Pedro Dalua (PMB).
Para comprovar sua tese, Kaká Barbosa anexou em sua retratação, uma escritura pública que lavrou antes da posse na atual legislatura, em que fazia referência a existência de tal carta de renúncia. “Ele conhecia o modus operandi do deputado Moisés Souza, então já deixou registrado que se por acaso tal documentação viesse a público, seria em circunstâncias totalmente ilegais e fruto de uma orquestração do presidente afastado com algum interesse contrariado, como de fato, ocorreu”, completou Dalua. Quem também participou do encontro com os jornalistas foi o deputado Jory Oeiras (PRB), que integra o grupo de intervenção na administração e finanças.
Na mesma linha de raciocínio, a deputada Roseli Matos disse que tais manobras surgem exatamente no momento que a nova gestão da ALAP vem conseguindo honrar compromissos como encargos sociais, previdenciários, consignados e, claro, a dignidade dos salários dos servidores da Assembleia Legislativa e também de fornecedores. “Mas nada disso vai nos intimidar e nos afastar do compromisso de resgatar a credibilidade desta Casa de Leis junto à sociedade. Vamos seguir em frente, doa a quem doer, continuando essa grande legislatura que vem dando respostas com uma produção de proposições que já é recorde e que não se furta em debater os grandes temas do estado e de sua gente”, completou a parlamentar.
Os deputados confirmaram para quinta-feira, dia 31, mais dois eventos antes de encerrar o ano legislativo. Às 9 horas, reunião da Comissão Especial que apura denúncias contra o presidente afastado da ALAP e logo em seguida sessão plenária para votação da Lei Orçamentária Anual, a LOA 2016.
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