Sobre o caos da atual gestão do prefeito Robson
Rocha (PR), temos que esclarecer que o principal culpado é somente o próprio
chefe do Palácio Roselina Matos.
Por Heverson
Castro
Na história
da queda do homem, em Gênesis 3, acontece algo que todos nós sempre repetimos.
A história diz que, depois que Adão e Eva pecaram, Deus os chamou para
conversar como era de costume. Porém, eles não responderam e se esconderam.
Então, Deus os chamou novamente, e Adão respondeu que se escondeu porque estava
nu e com medo.
Deus faz
duas perguntas para Adão. A primeira é: como ele sabia que estava nu? E a
segunda, se eles haviam comido da árvore do conhecimento do bem e do mal. Note
como Adão respondeu à pergunta de Deus, dizendo: “A mulher que tu me deste, me
deu o fruto da árvore e comi”. Adão não assume o seu erro. Pelo contrário, joga
a culpa sobre Eva, e esta acaba por fazer a mesma coisa.
Na política
temos casos parecidos como a passagem de Adão na Bíblia. Assim como a síndrome
de culpar os outros pelos seus erros abateu Adão, parece que essa
"doença" também abateu alguns políticos como o atual prefeito de
Santana, Robson Rocha (PR), especialista em culpar os outros pelos problemas
que não consegue resolver na sua gestão e no comando da cidade.
Não existe
crise municipal por conta do impacto da crise nacional como tenta colocar o
prefeito Robson Rocha, sempre mentindo descaradamente para o povo santanense,
ou porque os governos estadual e federal não ajudam Santana, mas por falta de
gestão e se existe a tal "crise" propalada, a crise é de
incompetência por parte do prefeito e sua equipe de governo.
O atual
prefeito Robson Rocha criou recentemente seis novas secretarias com uma lei de
sua autoria que enviou à Câmara de Vereadores e que foi aprovada por maioria
esmagadora da sua base aliada.
Robson cria
gastos desnecessários e loteia a prefeitura com grupos empresariais e
políticos, partidos e indicações dos vereadores, tendo como objetivo se manter
no poder a qualquer custo, mesmo que para isso tenha que afundar a prefeitura
agasalhando as indicações de aliados políticos como a família Gurgel (PR), o
grupo do ex-deputado Eider Pena (PSD), o grupo do deputado federal Marcos
Reategui e do seu irmão, o deputado estadual Moisés Souza (PSC), presidente enrolado
da Assembleia Legislativa e a maioria dos deputados que querem uma fatia do
bolo na Prefeitura de Santana.
Ao tomar
medidas clientelistas, fazer conchavos, o toma lá da cá e outras formas nada
republicanas de fazer política, o prefeito Robson Rocha joga nas costas do povo
o preço de entregar a prefeitura nas mãos de políticos poderosos em que em 2014
vão apoiar sua reeleição.
Isso são
medidas que se tomes diante de uma crise que o prefeito tenta colocar na cabeça
da população?
O preço
desse projeto de poder todos nós já sabemos e se resume em atrasar
salários de servidores, dar calote nos bancos nos repasses dos consignados,
parcelar o décimo terceiro do servidor, deixar a cidade suja e esburacada,
sucatear os Postos de Saúde e deixar nossas crianças sem merenda escolar.
Sem falar
que o prefeito também já anuncia atraso de salários dos contratos
administrativos e cogita demitir alguns deles da prefeitura, o que não passa de
jogo de cena, porque o prefeito continua inchando o governo.
Os
principais problemas que afundam Santana iniciaram em 2013 com a gestão
desastrosa de Robson Rocha que agora tenta jogar a culpa pela sua
irresponsabilidade nas costas dos outros.
A crise foi
criada pela incompetência da gestão municipal que em 2014, segundo dados do
próprio Ministério Público em investigação de crime eleitoral, denunciou o
prefeito Robson Rocha no TRE porque aumentou em 44% o número de contratos
administrativos, o que é vedado pela lei eleitoral.
A medida de
aumentar contratos administrativos, segundo o MP, que girava em torno de 400 em
2013 e passou para mais de 600 em 2014, mostra claramente que Robson Rocha fez
isso para ter cabos eleitorais nas campanhas da sua irmã Mira Rocha (PTB) que
era candidata à deputada estadual e do seu aliado Marcos Reategui (PSC),
candidato a deputado federal. Ambos os deputados foram eleitos e o preço disso
foi quebrar a prefeitura.
O MP junto
ao TRE também provou que os repasses do ICMS e IPVA aumentaram em 2014,
diferente do discurso do prefeito Robson Rocha que demitiu servidores do
contrato que se negou a apoiar seus candidatos, alegando que fez isso para
conter gastos, quando na verdade perseguiu quem não concordou em vestir a
camisa na campanha de 2014.
O MP por
meio dessas informações e do depoimento das testemunhas com provas irrefutáveis
de documentos da própria prefeitura denunciou o prefeito Robson Rocha e a
deputada estadual Mira Rocha por crime eleitoral, já que teriam usado a máquina
pública para fins eleitoreiros.
Além disso, o
prefeito aprovou em 2014 uma Lei Orçamentária Anual (LOA), onde a prefeitura
gasta o valor astronômico de R$ 7 milhões em consultorias, institucionalizando
assim a farra das consultorias na gestão municipal.
A farra das
consultorias é algo gritante diante de um falso discurso de crise, já que na
LOA de 2015 a prática da farra das consultorias continua se repetindo. Em dois
anos (2014/2015), o prefeito que propaga crise, vai torrar a bagatela de R$ 14
milhões em consultorias, mesmo a prefeitura dispondo de técnicos.
O resultado
disso tudo é uma administração incompetente que paralisa as obras deixadas pela
gestão passada em andamento e que realiza um verdadeiro apagão dos serviços
públicos municipais. E tem mais, agora no segundo semestre o prefeito aprovou na Câmara a
chamada lei da terceirização dos serviços públicos.
Robson Rocha
incha a folha da PMS com mais de 44% de novos contratos, gasta 14 milhões em
consultorias, faz a terceirização para não realizar concursos públicos que
prometeu porque sabe que servidor concursado não vira cabo eleitoral e coloca a
culpa nos outros poderes?
O prefeito
ainda perdeu milhões em emendas da bancada federal. Só do senador João
Capiberibe foram mais de R$ 3 milhões perdidos. Quase o mesmo valor também foi
perdido em emendas do senador Randolfe.
A
irresponsabilidade de perder recursos somente de dois senadores ultrapassa R$ 6
milhões. Os recursos federais são perdidos por conta da incompetência, já
que Robson Rocha deixa a prefeitura inadimplente quando não recolhe os valores
da previdência do servidor para a Sanprev, além de outros problemas técnicos
que não resolve porque é incompetente e não tem equipe para governar a cidade.
A culpa do
caos em Santana não é o reflexo da crise nacional e isso já é algo que todo
cidadão consciente sabe. Até porque mesmo com a crise nacional os chamados
repasses constitucionais obrigatórios aos municípios continuam aumentando nos
últimos 3 anos da gestão de Robson Rocha.
A culpa da
“crise” que na verdade é o caos criado pela falta de governança na gestão
municipal é fruto da irresponsabilidade do prefeito Robson Rocha toma medidas
que sucateiam os serviços públicos, porque usa o orçamento público para pagar
apadrinhados políticos e para enriquecer uma panelinha na prefeitura, em vez de
direcionar o orçamento público para melhorar os serviços a população mais pobre
e aos que precisam dos serviços de atendimento a população.
A farra na
administração, o descaso, os indícios de corrupção e os conchavos são apenas a ponta do
iceberg, já que diversos desmandos vêm sendo investigado pelo Ministério
Público e em breve a casa vai cair para o prefeito e sua turma.
Não adianta
o prefeito Robson Rocha com a sua síndrome de Adão, culpar os outros pela sua
irresponsabilidade, incompetência e gestão temerária, porque a verdade virá à
tona no momento certo, quando o povo for às urnas no ano que vem.
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