Do Portal Imprensa - Após agressões sofridas por
profissionais de imprensa na última quinta-feira (13/6) durante os
protestos contra o aumento da passagem do transporte público, entidades
de proteção aos jornalistas manifestaram repúdio à ação policial.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) solicitou que as
autoridades brasileiras permitam que os profissionais trabalhem
livremente sem temor de perseguição. "É inaceitável que a polícia
detenha e persiga repórteres que tentam realizar seu trabalho", disse
Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ.
A organização Repórteres Sem Fronteiras apelou à Secretaria de
Direitos Humanos e à ministra Maria do Rosário para que iniciem uma
investigação sobre “as brutalidades e as graves violações das liberdades
constitucionais cometidas pela Polícia Militar“.
Para a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo),
“os ataques deliberados da Polícia Militar à imprensa” são condenáveis.
De acordo com a entidade, pelo menos quinze jornalistas foram feridos
durante a manifestação.
“A Abraji cobra dos responsáveis que os agentes envolvidos nas
agressões físicas contra repórteres e manifestantes sejam identificados e
punidos”, declarou, em nota. “A Abraji também espera uma explicação
oficial da Secretaria de Segurança Pública para a prisão de todos os
jornalistas detidos. Impedir o repórter de realizar seu trabalho é
violentar toda a sociedade; é atentar contra a democracia.”
Já a Conectas cobrou a realização de uma audiência pública com o
secretário de segurança, Fernando Grella, e com o secretário municipal
de direitos humanos, Rogério Sotilli. Nesta manhã, a entidade deu início
a uma série de contatos com diversas redes de organizações de direitos
humanos nacionais e estrangeiras.
“O que aconteceu foi um absurdo intolerável. Em nome de,
supostamente, cumprir uma ordem simples, como preservar o patrimônio ou
garantir a livre circulação pelas vias da cidade, a polícia incorreu
numa longa lista de gravíssimas violações, que inclui espancamentos, uso
sádico de munição não letal, cerceamento do direito de manifestação, de
associação, de circulação, de expressão, enfim, um desequilíbrio total,
seja por má fé ou incompetência”, protestou Lucia Nader, diretora
executiva da Conectas.
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