terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Direção do PSOL de SP aprovou sanção ao Senador Randolfe e o prefeito Clécio de Macapá

Direção do PSOL de SP aprovou sanção ao Senador Randolfe e o prefeito Clécio de Macapá. A Dissidência da APS, corrente de Randolfe, Clécio e Ivan Valente (que se aliou com a direita no Amapá), foi obrigada a votar nesta resolução para que não fosse aprovada uma resolução ainda mais crítica. Resolução foi aprovada com 21 votos contra 20 da posição mais crítica.

Leia a resolução do diretório estadual de São Paulo aprovada em reunião de 10 de dezembro de 2012
 
Balanço nacional do PSOL nas eleições 2012

O PSOL saiu vitorioso das eleições de 2012. O partido ampliou a sua votação, elegeu mais vereadores, ficou em segundo lugar no Rio de Janeiro (segunda maior cidade do país), chegou ao segundo turno em duas capitais e elegeu dois prefeitos.

A tônica das candidaturas do partido foi a de apresentar o nosso programa mantendo a sua radicalidade e com capacidade de dialogar com o povo.

No entanto, o partido cometeu equívocos no processo eleitoral que reduziram os aspectos positivos das vitórias obtidas e que precisam ser debatidos com a profundidade e a serenidade necessárias para que não mais se repitam.

O maior equivoco ocorreu em Macapá, onde, no segundo turno, a candidatura do PSOL recebeu apoio de políticos da direita tradicional e realizou uma atividade pública de adesão na qual foi afirmado de que se tratava de uma aliança para governar. Infelizmente, composições com a direita não são uma novidade no Amapá. Não se trata de expulsar os companheiros, mas é preciso haver alguma sanção aos responsáveis pelo comando da campanha.

O segundo turno em Belém também teve contradições, no entanto, elas foram de natureza e intensidade diferentes das de Macapá. A forma como o apoio do PT e do governo federal apareceu na campanha afetou a linha programática do PSOL e deu chancela a políticas do governo das quais discordamos e combatemos no parlamento e no movimento social.

Outra ordem de erros se refere ao financiamento de campanha. As candidaturas de Belém, do Rio de Janeiro e, novamente, de Porto Alegre receberam doações de empresas, o que fragiliza a nossa posição de denuncia do financiamento privado como forma de manutenção da hegemonia eleitoral burguesa e porta de entrada para a corrupção.

Lamentamos ainda as declarações do companheiro Plínio de Arruda Sampaio elogiando José Serra, que é a maior liderança da direita no país. Acreditamos que o combate às políticas do governo federal não podem se confundir com uma linha antipetista e com aproximações com a direita.

Por fim, rechaçamos o tipo de disputa interna sectária que está em curso no partido. A realização de balanços casuístas que veem erros apenas nos outros sem realizar nenhuma autocrítica não ajudam na superação dos erros e não contribuem para a consolidação do PSOL como um partido socialista, democrático  de massas.

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