Jornal GGN - A pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo
divulgada nesta quarta-feira (23) traz uma novidade. Pela primeira vez, o
instituto perguntou ao eleitor quem ele acha que vai vencer a disputa
presidencial deste ano. A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT),
aparece como favorita para 54% dos questionados. O principal adversário
da presidente, Aécio Neves (PSDB), é apontado como vitorioso por 16%.
Eduardo Campos (PSB) é favorito para apenas 5%.
Na sondagem tradicional, Dilma segue na liderança com 38% das
intenções de voto. A vantagem da petista, segundo o jornal, é estável.
Seu principal oponente, por enquanto, continua sendo Aécio, com 22%.
Campos segue estagnado no terceiro lugar, com 8%. Brancos e nulo, 16%.
Não souberam responder, 9%. As oscilações estão dentro da margem de
erro, de dois pontos para mais ou para menos.
Outro destaque na pesquisa Ibope é que, na eleição de 2010, José
Serra, então candidato do PSDB, registrava desvantagem menor em relação a
Dilma do que o correligionário Aécio Neves. Nessa fase da campanha,
naquele ano, Serra, hoje postulante ao Senado, tinha 34% das intenções
de voto para presidente (12 a mais do que Aécio), ante 39% de Dilma.
Aécio, por outro lado, está estagnado na casa dos 20% desde maio.
Pelos dados apresentados até o momento, um possível segundo turno em
2014 ainda é incerto. A soma dos votos dos 10 adversários de Dilma chega
a 37%, um ponto a menos que a taxa da petista. Para vencer a eleição na
primeira rodada nas urnas, a presidente precisa ter a maioria dos votos
válidos, ou seja, 50% mais um.
Mas, num cenário em que Dilma e Aécio seguem para o segundo turno, a
petista venceria o tucano por 41% a 33%. Na hipótese de Campos ser o
segundo mais votado em outubro, Dilma seria reeleita com 41%, contra 29%
do pessebista.
O resultado no segundo turno no estudo do Ibope é bem diferente
daquele apresentado pela pesquisa Datafolha publicada na semana passada.
Nela, Aécio e Dilma aparecem num empate técnico. A presidente
preferência de 44% dos eleitores; o tucano, de 40%. Como a margem de
erro é de dois pontos, a campanha tucana comemorou a pequena diferença.
Porém, a sondagem da Folha não garante existência de segundo turno.
O crescimento do número de eleitores que querem mudanças no governo
também chama atenção. São 70%, ante 65% da pesquisa anterior. Desse
total, 29% querem alterações drásticas na gestão federal, enquanto 41%
querem correções de rumo em muitas áreas. Para 53% dos entrevistados, o
Brasil segue o caminho errado. Os eleitores que pensam positivamente
somam 42%.
A taxa de rejeição de Dilma ainda é superior a de seus concorrentes.
Cerca de 36% afirmam que não votariam na petista de jeito nenhum. Aécio é
rejeitado por 16%, enquanto Campos não tem apoio de 8%.
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