quarta-feira, 4 de junho de 2014

Janete Capiberibe: Diárias dos deputados do Amapá daria pra construir 7 ginásios ou 100 creches

A deputada federal Janete Capiberibe discursou na Câmara dos Deputados para divulgar o projeto de iniciativa popular que pretende reduzir pela metade o orçamento da Assembleia Legislativa do Amapá - ALAP, de R$ 156 milhões para R$ 78 milhões; Segundo a deputada, o orçamento excessivo vira “farra com dinheiro público”
 
“Ano passado, 2013, a Assembleia pagou R$ 17 milhões em diárias. Corrupção institucionalizada: 15 vezes mais que o Senado Federal, seis vezes mais que esta Câmara Federal. Lá, são 24 deputados, 21 estão com os bens bloqueados. Por isso, a campanha "Reduza já, com metade dá!"”, enfatizou.

A socialista calcula que “os R$ 78 milhões excedentes servirão para concluir o Hospital Metropolitano da capital, que espera há 10 anos para ser concluído, asfaltar vias estaduais municipais, nos 16 Municípios do Estado, e adquirir medicamentos e insumos para a saúde municipal e estadual”.

Janete Capiberibe fez comparações com outros investimentos possíveis apenas com os R$ 17 milhões que a Assembleia do Amapá pagou em diárias aos deputados no ano de 2013.

“Seria possível a construção de 100 creches, para 250 crianças, em 1 ano somente. Seria possível a construção de 10 maternidades de parto normal, em 1 ano somente. Seria possível pagar toda a reforma e ampliação e equipar o Hospital da Criança e do Adolescente do Estado, localizado na capital, em 1 ano. Seria possível, para a juventude do meu Estado, a construção de 7 ginásios cobertos com 2 mil metros quadrados e ginásios poliesportivos, de grande utilidade para a nossa juventude, tanto para praticar esportes, como também desenvolver suas atividades culturais, dança, capoeira etc.”

A Câmara Federal gastou, em 2013, R$ 2 milhões 931 mil para os 18 mil funcionários e 513 Deputados. O Senado Federal, com 81 Senadores e mais os funcionários, gastou, em 2013, 1,25 milhão de reais.

A campanha pela redução do orçamento da Assembleia Legislativa do Amapá pela metade foi é puxada pelo PSB, PT, PSOL, PCdoB, PCB e Rede Sustentabilidade, além de movimentos populares e estudantis e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-AP. Dois mil manifestantes já fizeram o apelo em frente à ALAP.

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