Pedro Leite e o governador Waldez Góes se calaram diante da barbárie na Maternidade Mãe Luzia |
No passado culparam um ex-governador por conta da morte de
uma criança em Oiapoque, acusando chefe do Executivo de negar carona para a
criança e a mãe na aeronave oficial do governo. A farsa montada foi massacrada
24 horas nas rádios e TV´s do estado durante semanas, tendo como objetivo principal
usar uma mentira para desgastar o governador.
A imprensa local atrelada aos grupos políticos,
principalmente aquele monopólio de mídia que não conhece as doses do bom
jornalismo, sentenciou e culpou o ex-governador Camilo Capiberibe pela morte da
criança e massacrou o governo, sem ao menos apurar e procurar saber as causas
da morte.
Não quero aqui fazer defesa do governador da época, mas o
episódio ficou marcado como um verdadeiro massacre midiático sem provas de que
realmente o fato tivesse acontecido. Um tempo depois a mãe da criança veio a
público desmentir a canalhice e a farsa montada para desgastar o governador da
época.
Agora a mesma imprensa que culpou, julgou e colocou o
ex-governador na cruz se cala diante da morte trágica de um bebê na maternidade
Mãe Luzia, que teria sido incinerado junto com lixo hospitalar, e sequer cobra
do atual governo e do governador uma resposta descente para esclarecer o que
realmente aconteceu.
Aliás, o governador Waldez Góes demorou a assumir a sua
responsabilidade no caso, assim como o atual titular da Sesa, o senhor promotor
Pedro Leite, que no passado, tanto usou politicamente o cargo de promotor da
Saúde para investidas até mesmo injustas contra o ex-governador. Sem falar que
os governos de Waldez entre 2003 e 2010, tiveram a marca do rei Herodes, no que
tange as mortes de bebês na Mãe Luzia.
A ofensiva de Pedro Leite poderia ser vista como política,
já que foi presenteado com o cargo de Secretário de Estado da Saúde pelo seu
padrinho político, que atualmente comanda o Palácio do Setentrião.
Não vou aqui julgar o comportamento do promotor e atual
secretário, porque quem vai fazer isso é povo e a opinião pública, que vai
avaliar se o mesmo foi covarde ou foi coerente ao não vir a público e fugir da
responsabilidade do cargo sobre o caso da morte do bebê na Maternidade Mãe Luzia.
A diferença entre o passado e o presente é que agora o fato
em si pode ser considerado um caso de polícia, omissão do governo e dos
responsáveis da gestão da Saúde.
Mas isso só vai ser esclarecido diante de uma investigação
acurada do MP, Polícia Civil e dos deputados, tanto por parte da Comissão de
Direitos Humanos e ou da Comissão de Saúde, se realmente houver vontade
política por parte da Assembleia Legislativa em esclarecer o fato.
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