Mesmo após as eleições, 623 políticos continuam com a situação de suas
candidaturas indefinida; desses, pelos menos 28 se elegeram, mas
enfrentam recursos na Justiça Eleitoral; entre eles estão os
governadores Waldez Góes (PDT), do Amapá, Raimundo Colombo (PSD), de
Santa Catarina, e Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins; Waldez Góes teve
a candidatura impugnada por um oponente, o suplente de deputado
estadual Raimundo Sousa (PSB). Segundo Sousa, Waldez não apresentou
certidão de bens condizente com o que possui; se forem rejeitados pela
Justiça Eleitoral, os três governadores poderão perder o direito ao
cargo e ser substituídos
Amapá 247 - Reportagem do jornal O Globo deste sábado, 1º, lembra que mesmo após as eleições, 623 políticos continuam com a situação de suas candidaturas indefinida. A solução desses casos poderá promover uma dança das cadeiras entre os eleitos.
Desses, pelos menos 28 se elegeram, mas enfrentam recursos na Justiça
Eleitoral. Entre eles estão os governadores Waldez Góes (PDT), do
Amapá, Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina, e Marcelo Miranda
(PMDB), do Tocantins.
Waldez Góes teve a candidatura impugnada por um oponente, o suplente
de deputado estadual Raimundo Sousa (PSB). Segundo Sousa, Waldez não
apresentou certidão de bens condizente com o que possui.
Já Raimundo Colombo foi impugnado por um adversário que questionou a
candidatura de todos os nomes do PDT, da coligação dele, sob alegação de
que "a convenção partidária foi realizada por órgão de direção que não
possui legitimidade para deliberar sobre a escolha de candidatos", o que
incluiu o governador.
Pelo Tocantins, Miranda teve a candidatura questionada pelo
Ministério Público Eleitoral. Segundo o órgão, ele teve contas
rejeitadas por irregularidades insanáveis pela Assembleia Legislativa de
Tocantins, o que caracterizaria ato doloso de improbidade
administrativa. Assim, deveria ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Ainda segundo o MPE, ele teria foi condenado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) por abuso de poder nas eleições de 2006.
Segundo o TSE, dos 1.793 recursos enviados à Corte, 53 sequer foram
apreciados até quarta-feira; os demais tiveram sua situação analisada ao
menos uma vez. O TSE espera julgar todos até a diplomação, em 19 de
dezembro. Os Tribunais Regionais Eleitorais não aceitaram as impugnações
desses candidatos. Porém, como ainda há recursos das partes envolvidas,
o registro segue no TSE à espera de uma decisão.
Entre os estados com mais políticos em situação indefinida
destacam-se o Rio, em primeiro com 212 casos, e São Paulo, com 126. Os
candidatos com destino incerto se dividem entre os que têm status
"indeferido com recurso" (494), os "deferidos com recurso" (127), e os
"substitutos pendentes de julgamento" (2).
No caso dos primeiros, que sequer conseguiram o registro, caso tenham
o nome aprovado pelo TSE e votos suficientes para se eleger, poderão
ocupar o cargo. Já os deferidos com recurso, se forem rejeitados pela
Justiça Eleitoral, poderão perder o direito ao cargo e ser substituídos,
caso dos três governadores.
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