Agricultores do Distrito de Anauerapucu são os primeiros a receber os incentivos agrícolas que o governo do Estado está fazendo no Amapá. O lançamento do Programa Territorial da Agricultura Familiar e Floresta (Protaf) na zona rural foi realizado nesta quinta-feira, 6, na localidade, com a assinatura do convênio entre a Associação dos Trabalhadores e Familiares do Assentamento Agroextrativista do Anauerapucu (ATFA) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), que vai repassar R$ 140.942,50.
O Protaf foi lançado nesta quarta-feira, 5, em Macapá, com a assinatura de convênio de R$ 413.602,48, que vai garantir o funcionamento do Programa e de um Termo de Cooperação Técnica. O Protaf foi criado para ampliar o atendimento aos trabalhadores que têm como base a agricultura familiar.
Técnicos da SDR e suas vinculadas fizeram uma minuciosa pesquisa para chegar aos objetivos do Programa. A meta é atingir 1.068 agricultores de todo o Estado, contribuindo para a diminuição do desmatamento e queimadas, garantindo a segurança alimentar e promovendo a geração de emprego e renda. A técnica incentivada através do Protaf é o Sistema Bragantino, que trabalha em rotação e consórcio, com técnicas de plantio direto que recuperam a fertilidade do solo.
Distrito de Santana, em Anauerapucu serão beneficiadas 40 famílias de agricultores. Cada uma planta em uma área de mil hectares, sendo que algumas começam a ter o solo preparado agora e outras estão em etapas mais avançadas. O diretor do Rurap, Max Ataliba, explicou que os agricultores começam a perceber os benefícios da agricultura consorciada substituindo por ela a prática da monocultura.
"O consórcio é o ponto forte do Sistema Bragantino, que incentiva o cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz na mesma área. O diferencial no Amapá é que também será plantada a melancia", disse o diretor.
Para reforçar a eficiência do método, foram visitadas pelos técnicos, autoridades e agricultores, três áreas onde as etapas do Sistema Bragantino estão sendo trabalhadas. Na primeira área, a terra estava passando pela correção do solo, na segunda ela estava em fase de preparo para a plantação, e na última o agricultor José Gomes, conhecido como Ceará, já plantava. De acordo com o trabalhador, com o Protaf as atividades no campo ficarão mais fáceis, como o apoio dos extensionistas que estarão ensinando novas técnicas e acompanhando todo o processo.
O presidente da ATFA, Francisco Rosivaldo, falou da necessidade que tem o homem da zona rural em conseguir incentivos e, mesmo sendo a agricultura uma atividade essencial para a vida de qualquer pessoa, não é fácil fazer com que o trabalhador permaneça no campo e viva de seu ofício.
"Acredito que com o Protaf o governo passa a se importar com o agricultor, e quando ele se preocupa com a agricultura o resultado é em dobro. O governador Camilo Capiberibe disse que vai investir mais e estamos confiantes. Queremos também a melhoria dos ramais. Não adianta plantar e não ter como escoar, levar para as feiras", falou o presidente.
O secretário da SDR, José Roberto, deu a garantia de que vai haver mais repasses e implantação de novos programas, além de implementação dos que estão dando certo. Para ele, o importante é começar um projeto e cumprir seu objetivo até o final, para que o benefício chegue de fato ao agricultor.
"Não produzimos o suficiente para nossas necessidades, mas garanto que vamos alcançar uma meta significativa nos próximos anos. Temos que investir sabendo que vai ter retorno. Vamos mostrar que é possível transformar o Estado a partir do setor primário", falou.
O chefe de gabinete Kelson Vaz, que representava o governador, reforçou que o governo está investindo, vai acompanhar os trabalhos e fazer prestação de contas para conferir a eficiência do que foi implantado. "O governo está presente nos campos do Amapá. Estamos trabalhando pelo bem do trabalhador rural, investindo nele e em sua família. Temos áreas, tecnologia, técnicos e agora incentivos. O Protaf é mais um instrumento que estamos colocando à disposição dos agricultores", disse Kelson.
Ele finalizou dizendo que o governo vai investir para a safra de 2011/12 o montante de R$ 5,5 milhões, além de estar garantida a capacitação de técnicos, aquisição de insumos e melhoria dos serviços de mecanização.(Mariléia Maciel/Secom)
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