quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“Nem todos os políticos do Amapá são iguais”, afirma a deputada Janete

A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) discursou hoje, 11, na Câmara dos Deputados para lembrar os crimes de corrupção cometidos durante os oito anos passados no estado do Amapá, resgatados em reportagens do jornal O Estado de São Paulo, com base no inquérito da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal.

A deputada elogiou as matérias, mas lamentou a tentativa de confundir o leitor. “O Estadão comete um equívoco ao fazer o leitor pensar que todos os políticos do Amapá são iguais. Ao colocar todos os políticos na mesma vala comum e confundir o governo passado com o atual faz um favor explícito aos políticos corruptos, aos presos pela Polícia Federal, aos que não devolveram um centavo do que foi roubado da população e continuam livres até agora, armando para voltar ao poder, apesar dos seus crimes”.

Janete Capiberibe destacou que “o PSB, desde 2003, mais nenhum outro partido, foi o único a denunciar, pelo mandato do deputado Camilo, a corrupção da “harmonia” instalada no poder público do Amapá. Uns acobertaram sistematicamente os crimes dos outros”.

A socialista relatou que “o Amapá foi alvo das Operações Pororoca, Antídoto, Sanguessuga e Carniça. Todas prenderam ou indiciaram integrantes do governo, seus parentes, laranjas ou empresários ligados a eles. Todos os secretários de saúde dos governadores Waldez Góes e Pedro Paulo Dias foram presos ou indiciados por corrupção”.

O governador Camilo, segundo ela, foi eleito “pela indignação da sociedade com a corrupção que corroia seus direitos e pela esperança de ter serviços públicos de qualidade para todos. A eleição de Camilo Capiberibe contrariou os planos do senador José Sarney e do seu grupo político, preso pela Polícia Federal”, arrematou a deputada.

Janete Capiberibe ressaltou que “o governador Camilo assumiu em janeiro com dívidas atrasadas de 2010 iguais a três meses de receita e nenhum centavo em caixa. Hospitais, postos de saúde, ambulâncias, escolas, viaturas policiais e todos os equipamentos públicos destruídos; parte dos salários e rescisões não pagos. Herdou um sistema de corrupção arraigado pelos oito anos de impunidade e cumplicidade entre os poderes. O governador Camilo, o atual governo, estão combatendo a corrupção ao mesmo tempo em que reconstroem o Amapá”.

Foto: Saulo Cruz/Secom/Câmara
Texto: Sizan Luis Esberci
Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP)

CÂMARA DOS DEPUTADOS – DETAQ – Hora: 15:12 – Data: 11/10/2011
Orador: JANETE CAPIBERIBE
O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra à Deputada Janete Capiberibe, PSB, Amapá, em permuta com o Deputado Luiz Alberto,
A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB-AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, crimes de corrupção cometidos durante os oito anos passados no Amapá foram resgatados em reportagens de O Estado de São Paulo, com base no inquérito da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal.

Em 10 de setembro de 2010, o Governador e candidato à reeleição Pedro Paulo Dias, o ex-Governador reeleito e candidato ao Senado Waldez Góes, a ex-primeira-dama, Deputada Estadual Marília Góes, o Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amapá, Júlio Miranda, Secretários de Estado, servidores públicos e empresários foram presos por crimes de corrupção. Teriam desviado pelo menos 1 bilhão de reais do Governo, da Prefeitura de Macapá, da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas. O inquérito está no Superior Tribunal de Justiça aguardando denúncia.

O Amapá foi alvo das Operações Pororoca, Antídoto, Sanguessuga e Carniça. Todas prenderam ou indiciaram integrantes do Governo, seus parentes, laranjas ou empresários ligados a eles.

Todos os Secretários de Saúde dos Governadores Waldez Góes e Pedro Paulo Dias foram presos ou indiciados por corrupção.

Empréstimos consignados, descontados dos servidores, não foram pagos às financeiras. A contribuição previdenciária não foi paga. Nenhum hospital foi reformado ou construído; nenhum leito instalado. Tapumes serviam para acobertar a corrupção. Nem a conta de energia era paga.

O PSB, desde 2003, foi o único a denunciar, pelo mandato do Deputado Camilo, a corrupção da harmonia instalada no poder público do Amapá. Uns acobertaram sistematicamente os crimes dos outros.

Em outubro passado, Camilo foi eleito Governador devido à indignação da sociedade com a corrupção que corroía seus direitos e pela esperança de ter serviços públicos de qualidade para todos.

A eleição de Camilo Capiberibe contrariou os planos do Senador José Sarney e do seu grupo político, preso pela Polícia Federal.

Mas a matéria do jornal O Estadão comete um equívoco histórico ao fazer o leitor pensar que todos os políticos do Amapá são iguais.

Ao colocar todos os políticos na mesma vala comum e confundir o Governo passado com o atual, faz um favor explícito aos políticos corruptos, aos presos pela Polícia Federal, aos que não devolveram um centavo do que foi roubado da população e continuam livres até agora, armando para voltar ao poder, apesar dos seus crimes.

O Governador Camilo assumiu em janeiro, com dívidas atrasadas de 2010 iguais a três meses de receita e nenhum centavo em caixa. Hospitais, postos de saúde, ambulâncias, escolas, viaturas policiais e todos os equipamentos públicos destruídos; parte dos salários e rescisões não pagos. Herdou um sistema de corrupção arraigado pelos oito anos de impunidade e cumplicidade entre os poderes.

Mas o Governador Camilo, o atual Governo, está combatendo a corrupção ao mesmo tempo em que reconstrói o Amapá.

As dívidas estão sendo pagas e os servidores recebendo em dia; escolas que estavam desabando foram reformadas; leitos novos foram instalados; novas viaturas e equipamentos policiais estão nas ruas; obras do PAC foram retomadas; o Estado repassa a todas as Prefeituras do Amapá as contrapartidas aos convênios federais; a taxa de emprego cresce o dobro da média nacional.

A alimentação ao presídio estadual foi renegociada de 1,1 milhão para 610 mil mensais, sem prejuízo da qualidade da refeição. A geração de energia para o terceiro maior Município do Estado, Laranjal do Jari, e para Oiapoque, foi renegociada de 1,2 milhão de reais para 800 mil mensais, para citar dois exemplos.

Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, e Sra. Deputada Benedita da Silva, dediquei minha vida à militância pela democracia, pela liberdade de expressão e de imprensa e pelo direito de ser informada com correção, sem manipulações que deturpem o discernimento.

Por isso, venho à tribuna no dia de hoje tecer esses comentários, fazer essas considerações diante de uma situação injusta divulgada para todo o nosso País.

Agradeço, Sr. Presidente, e peço a divulgação nos meios de comunicação desta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – V.Exa. será atendida.

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