O Ministério Público do Amapá ofertou denúncia contra o Presidente do PSOL de Pedra Branca do Amapari, Agnaldo Sá, que foi Secretário de Finanças nos últimos 6 anos do governo Zezinho (PV). O dirigente do PSOL é casado com Marina Sá, suplente do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
A denúncia de crime de improbidade administrativa é antiga e já havia sido levantada em 2008 pelo então vereador Isaias Carvalho (PT).
A denúncia de crime de improbidade administrativa é antiga e já havia sido levantada em 2008 pelo então vereador Isaias Carvalho (PT).
Recentemente o vereador Wilson de Sousa (PSC) foi o autor de um pedido de CPI na Câmara de Vereadores de Amapari tendo como objetivo investigar as denúncias ofertadas pelo promotor Afonso Guimarães. Mas o pedido de CPI foi engavetado por conta de uma manobra patrocinada pela base do governo Zezinho na Câmara.
Com exclusividade para o blog, o dirigente do PSOL Maikom Magalhães disse que ficou surpreso eao saber da denúncia e se posicionou sobre o caso. "Até o presente momento a direção do PSOL não recebeu nenhuma denúncia formal contra o companheiro (Agnaldo Sá). Mas assim, que tivermos acesso a denúncia ou alguém formalizar isso na direção, nós vamos ouvir o companheiro e garantir o amplo direito de defesa ao filiado." Disse o Secretário do Interior e membro da Executiva Estadual do PSOL ao blog.
Para Dorinaldo Malafaia, fundador do partido no Amapá, que também é membro da Executiva Estadual do PSOL e dirigente da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), o caso deve ser levado às instâncias do partido e ser fruto de debate profundo na Comissão de Ética.
"Nós já havíamos denunciado anteriormente na Executiva Nacional do PSOL, o fato de nosso partido compor um governo que discordamos da linha política. A posição da CST é que o filiado Agnaldo Sá afaste-se da Presidência do PSOL de Amapari e do cargo da Executiva Estadual." Ponderou Malafaia.
"Nós defendemos que seja utilizado o mesmo argumento de afastamento, que é feito quando um servidor público é denunciado de cometer um ato de improbidade administrativa e vamos formalizar essa denúncia no partido", endossou Dorinaldo Malafaia.
No levantamento feito na página do Tribunal de Justiça do Amapá, Antônio Agnaldo Sá, é réu em cerca 3 processos por suspeita de cometer crime de improbidade administrativa. Ele é processando conjuntamente com o prefeito de Pedra Branca do Amapari, Zezinho (PV).
O município de Pedra Branca do Amapari é considerado o terceiro mais rico do Estado, mas seu povo vive em péssimas condições de vida, amargando a miséria, o desemprego e a pobreza. A exploração mineral de grandes empresas é o que garante os royalties milionários que engordam o orçamento público.
Além disso, Amapari é alvo de recentes investidas de grileiros e latifundiários que estão comprando e tomando terras de pequenos agricultores. O poder político anda casado com o poder econômico. A família Favacho, da ex-deputada estadual Francisca Favacho e do atual deputado Junior Favacho tem grande influência política e econômica na região da Perimetral Norte, que engloba os municípios de Porto Grande, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari.
Segundo o vereador Wilson de Sousa (PSC), o patrimônio do ex-secretário de finanças e Presidente do PSOL de Amapari, Agnaldo Sá, não é compatível com o salário que ele ganhava na prefeitura, que não chegava a R$ 3 mil reais por mês, já que o mesmo ostenta riqueza e não esconde isso da população local. Para ele quem verdadeiramente manda na prefeitura é a família Favacho e não o prefeito Zezinho.
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