quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Joel Banha terá o desafio de realinhar a infraestrutura do Estado

Regularização de pendências, retomada de obras, recuperação de convênios federais e a credibilidade do Estado estão entre os desafios da nova gestão
 
Um dos problemas crônicos do Amapá, os gargalos em infraestrutura, colocam em evidência os desafios do novo secretário de Infraestrutura, Joel Banha (PT), que assumirá a pasta a partir de 1º de fevereiro, no governo de Camilo Capiberibe (PSB). Regularização de pendências, retomada de obras paralisadas, recuperação de convênios federais perdidos e a credibilidade do Estado, estão entre os problemas a serem sanados, além da meta de abrir as portas do Amapá para os grandes investidores (indústria nacional).

O primeiro passo da nova equipe técnica foi montar uma comissão para avaliar as condições estruturantes, como execução de obras, convênios federais, valores gastos e quanto em recursos disponíveis. A medida torna-se peça chave para desatar o nó logístico do Estado, que inclui estradas sem condições de tráfego, aeroporto saturado, malha de ferrovias e hidrovias insuficiente, além de aumentar a capacidade do porto para receber grandes embarcações.

Em geral, os primeiros meses na Secretaria de Infraestrutura (Seinf) configuram o esboço daquele que será o desenho final de quatro anos de governo. “Os problemas, em geral, são de duas naturezas: de disponibilidade de recursos e de gestão. É preciso melhorar a execução do Orçamento, reestruturando áreas do governo”, afirma Joel Banha, que irá assumir a pasta.

As carências em infraestrutura impactam o cotidiano dos amapaenses. Parte das rodovias no trecho sul (do km 21 a Laranjal do Jari) e norte do Estado (de Calçoene a Oiapoque) estão em péssimas condições. Há problemas em licitações que interferiram na execução das obras; projetos que ainda nem saíram do papel e já enfrentam problemas, além de recuperar os recursos que retornaram para a União.

“Todas essas situações já foram encaminhadas a Procuradoria Geral do Estado. Dependo da avaliação que virá de lá para darmos encaminhamento na execução dos trabalhos. Por enquanto, não podemos dar prosseguimento nos serviços sem antes ter conhecimento real de cada obra, de cada convênio firmado e do montante disponibilizado”, enfatizou Joel.

Dos 39 convênios federais firmados com o Governo do Estado nos últimos anos, a maioria venceu ou foi perdido. Entre os perdidos estão os recursos destinados a reforma e ampliação do Estádio Zerão e a revitalização do Canal da Mendonça Júnior.

“O dinheiro retornou à União por uma decisão do antigo gestor. Foi o próprio Estado quem desistiu de fazer uso dos recursos por conta da burocracia imposta”, explicou Joel, afirmando que o desafio é recuperar, pelo menos, parte do que foi perdido.

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