Sadala criou 52 novos cargos e contrariou discurso de terra arrasada e crise financeiro no município |
Apesar das alegações de crise financeira, atrasos nos salários de servidores de alguns setores da prefeitura e supostas dívidas milionárias herdadas do seu antecessor, o prefeito de Santana, Ofirney Sadala (PSDC), já criou nos primeiros 30 dias de governo, cerca de 52 novos cargos comissionados na estrutura da Prefeitura Municipal de Santana (PMS).
As informações foram adquiridas por meio de atos publicados no Diário Oficial do Município e por meio da lei municipal que cria um cursinho preparatório público.
Somente no mês de janeiro, Ofirney Sadala criou 18 novos cargos na estrutura da Secretaria Municipal de Educação, comandada pelo grupo do deputado estadual Jory Oeiras (PRB), um dos seus principais aliados políticos na campanha eleitoral de 2016.
A lei foi aprovada em regime de urgência pela Câmara de Vereadores em sessão extraordinária na primeira quinzena de janeiro e as inscrições para o cursinho público preparatório foram encerradas em menos de uma semana.
Apesar de criar novos cargos, a lei que cria um cursinho preparatório público, foi bem avaliada pela população e contou com o apoio de 14 dos 15 vereadores.
Mas o que mais chama a atenção são os últimos atos publicados em Diário Oficial, onde o prefeito Ofirney Sadala passa a governar por meio de decretos e atos sem consultar previamente o poder legislativo, pedindo autorização para criar mais cargos e novas despesas para o município.
Por meio do Decreto N° 279/2017, o prefeito Ofirney Sadala, criou 34 novos cargos na estrutura da Secretaria Municipal de Obras Públicas, comandada pelo grupo do deputado estadual Charles Marques, um dos seus principais aliados políticos na campanha eleitoral.
Os 34 cargos criados fazem parte de uma Gerência de Projetos intitulada "Projetando o Futuro e Equacionando o Presente" (foto ao lado).
O prefeito não pediu autorização da Câmara Municipal para criar os novos cargos, pois utilizou como base a Lei Complementar 007 de 29 de julho de 2015, aprovada na gestão do ex-prefeito Robson Rocha.
Apesar da retórica e do discurso de crise e dívidas, o prefeito Ofirney Sadala, que havia prometido enxugar a folha e reduzir o número de contratos administrativos e cargos comissionados, durante o processo de transição, passa agora a inchar a máquina pública municipal com mais 52 cargos no seu primeiro mês de governo.
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