quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Prisão de promotor Moisés, aliado de Bolsonaro, enfraquece palanque de Davi/Randolfe para 2018


Por Heverson Castro

Um dos palanques que estaria praticamente formado para disputar às eleições 2018 no Amapá, por meio da formatação de uma aliança branca entre a Rede, DEM, PPL, PSC, PSDB, Patriotas e PSOL, teve uma baixa na manhã desta quinta-feira, 30, com a prisão do promotor Moisés Rivaldo, pré-candidato ao Senado num provável palanque de Davi Alcolumbre ao governo e Randolfe Rodrigues ao Senado.

A prisão preventiva deflagrada pela Polícia Federal na Operação Minamata, do promotor Moisés Rivaldo (Patriotas), aliado e o único palanque de Bolsonaro no Amapá, compromete o palanque e a segunda vaga de senador na chapa que deverá ser encabeçada pelo senador Davi Alcolumbre (DEM), pré-candidato ao governo e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), que deve disputar a reeleição para o Senado.

O acordo visando às eleições de 2018, teria sido feito durante o segundo turno das eleições de 2016, quando o promotor Moisés Rivaldo, que foi candidato ao cargo de prefeito da capital, fechou apoio à reeleição do prefeito Clécio Luis (Rede). O acordo teve as bênçãos dos senadores Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre.

No acordo chancelado em outubro de 2016, ficou decidido que o promotor Moisés passaria ocupar o cargo de secretário Municipal de Educação para melhorar sua projeção e visibilidade política, comandando a pasta com o maior orçamento da Prefeitura Municipal de Macapá.
Reproduçao da campanha nas redes sociais de apoiadores de Bolsonaro e promotor Moisés
A estratégia de Randolfe Rodrigues, que não sofre críticas nas redes dos bolsominions amapaenses, contaria com a simpatia dos editores da página "Me Solta Amapá", que são os principais articuladores da campanha de Bolsonaro nas redes sociais do Amapá, e teria como objetivo capitalizar o voto de segunda opção dos eleitores conservadores e de extrema direita de Bolsonaro e promotor Moisés, já que uma grande parcela dos eleitores por conta da grave crise política no país, não conseguem perceber as divergências nos discursos diametralmente opostos entre esquerda e direita.

Por um lado, a estratégia do discurso do senso comum de Randolfe Rodrigues, seria uma tentativa de repetir o feito das eleições de 2010, quando se consagrou o senador mais votado, arrematando os votos dos eleitores de esquerda, bem como os votos dos eleitores conservadores de direita, confundindo o eleitorado amapaense que historicamente fica polarizado entre o PSB dos Capiberibe e o PDT de Waldez Góes.

Por outro lado, a salada partidária que vai da esquerda radical com o PSOL, passando pelo centro com a Rede, a direita com o DEM de Davi e a extrema direita do Promotor Moisés e Bolsonaro; teria como objetivo isolar setores da esquerda amapaense e o PSB dos Capiberibe, que é o principal partido de oposição ao governo do PDT, tendo como objetivo fortalecer o palanque de Davi Alcolumbre ao governo em 2018 como se fosse a única a alternativa eleitoral ao atual governo de desmandos de Waldez Góes.

Davi Alcolumbre, apesar de ser o vice-líder do governo Temer no Senado e votar/apoiar reformas que retiram direitos dos trabalhadores (Reforma Trabalhista e da Previdência) e da população mais pobre, tem recebido o apoio incondicional do senador Randolfe Rodrigues, na empreitada do oligarca do DEM para disputar o governo do Amapá nas eleições de 2018.

Será que os eleitores amapaenses aprovarão essa salada mista partidária que só visa projetos pessoais e o jogo de conveniência pelo poder? Colocando em último plano de prioridades os interesses da classe trabalhadora e do povo do  Amapá nas eleições de 2018?

Nenhum comentário: