segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O histórico de traições de Marcivânia e o medo de perder o poder

Por Heverson Castro

Depois de trair Camilo Capiberibe com quem foi aliada por quase quatro anos ao indicar pastas como a Secretaria de Turismo no governo até 2014. 

Depois de trair Lucas Barreto (na época no PSD), que foi candidato ao governo em 2014 no mesmo palanque de Davi Alcolumbre (DE). E depois de trair Dora Nascimento na mesma eleição ao não apoiar a candidata do PT e andar abraçada com Lucas e Davi, não apoiando a senadora de Lula e do PT, partido onde era filiada e se elegeu deputada federal.


E Finalmente, depois de trair Nogueira que a projetou na vida pública e no PT, a hoje deputada, afiançando as eleições de 2008, 2010, 2012 e 2014, chegou a vez de Marcivânia trair Waldez Góes (PDT), de quem é aliada desde o segundo turno das eleições de 2014.


Após tantas traições na sua curta carreita política e a principal delas, que foi trair o seu genitor político, o ex-prefeito Antônio Nogueira,  que a ajudou nas suas últimas campanhas de 2010, 2012 e 2014, chegou a hora da deputada Marcivânia trair Waldez Góes em mais uma etapa da sua saga pelo poder.


Marcivânia é uma espécie de Marta Suplicy no estilo maior da 'trairagem' política, e se for preciso trai qualquer aliado na busca pelo poder e se junta aos seus maiores inimigos do passado como o senador Randolfe Rodrigues, que em 2012, apoiou Robson Rocha para derrotá-la. 

O mesmo senador que a deputada acusou de comungar com um golpe político para a direita vencer as eleições de 2012 e derrotar a sucessora de Nogueira e do PT naquelas eleições.


Mesmo que atualmente esteja aliada ao governo Waldez Góes com “trocentos” cargos e contratos, a deputada ensaia novamente uma aliança com o PSB, cujo partido chegou a afirmar que não se aliava nunca mais, porque teriam virado as costas para ela e para Santana. 


Marcivânia agora trai o povo e a confiança dos eleitores santanenses quando brincou com o eleitor ao lançar candidaturas como balões de ensaio, na saga para tentar viabilizar um nome da família na disputa  pela Prefeitura de Santana nas eleições de 2016. 


Primeiro Marcivânia, contrariando a vontade da maioria do PT de Santana, se negou a ser a pré-candidata do partido ainda em julho do ano passado e lançou seu esposo Odair Freitas como pré-candidato a prefeito. 


Ainda no PT em agosto de 2015, após a recusar de ser candidata, fez acordo com o partido e disse que aceitaria o resultado de uma pesquisa de opinião pública por meio de um instituto, onde acataria o resultado em uma disputa entre o esposo Odair Freitas, Isabel Nogueira e o petista professor Aurino Gomes.


Marcivânia afirmara em coletiva de imprensa que era “mulher de palavra” e que caso saísse vitoriosa gostaria de ver o PT unificado em torno do esposo e caso fosse vencida na disputa por Isabel Nogueira, seria a primeira a ir pra rua apoiar a escolhida do PT, Isabel Nogueira, que deu uma lavagem em Odair Freitas na preferência popular. Não foi dessa vez e nem será a primeira que ela deixou de cumprir a sua palavra.


Com a derrota interna no PT, Marcivânia não aceitou o resultado da pesquisa de opinião e da maioria esmagadora do PT que decidiu referendar Isabel Nogueira como pré-candidata.  


Depois de causar crise no PT, Marcivânia se filiou ao PCdoB e lançou a irmã Clotilde Flexa, uma médica desconhecida politicamente na cidade. A irmã também não emplacou, mesmo com todo o esforço e empenho pessoal da deputada e do senador Randolfe Rodrigues (Rede). 


A aliança com a Rede de Randolfe não conseguiu emplacar a irmã Clotilde e Marcivânia também não conseguiu transferir a pouca credibilidade política que ainda goza em Santana.


Mas por que Marcivânia não emplacou seu esposo e sua irmã?


Não emplacou porque não é uma liderança que transfere votos e por enfrentar um enorme desgaste juntos aos santanenses, já que prometeu diversas coisas, como promessas de empregos a cabos eleitorais no governo estadual, segundo ex-apoiadores, e não conseguiu cumprir. 


Odair e Clotilde não emplacaram porque Marcivânia perdeu credibilidade e não goza mais do prestígio junto ao eleitorado santanense que se sente enganado e traídos pelos blefes e mentiras da deputada, que até agora em 2 anos de mandato não conseguiu fazer nada por Santana e muito menos dizer a que veio. 


Essa é a realidade que forçou Marcivânia em seu último ato de desespero, para tentar sobreviver na política local, se lançar candidata, justamente para tentar reverter o quadro eleitoral que não consegue mais reverter, marcado pelo surgimento de novas lideranças sem o desgaste institucional da deputada e que crescem a cada dia no conceito do eleitorado. 


O principal medo de Marcivânia se ver no crescimento da pré-candidata Isabel Nogueira (PT), principal candidatura de esquerda da oposição. Isabel é irmã do ex-prefeito Nogueira, que junto com o PT lideraram a oposição oficial desde o primeiro dia de mandato do atual prefeito Robson Rocha, e polarizam o debate sobre os desmandos na cidade ao fazerem o comparativo de como estava Santana antes do caos ser instalado pelo atual desgoverno e como está agora.


Isabel Nogueira cresceu em progressão geométrica e isso é sentido nas ruas e no calor do debate junto ao eleitorado, que se identifica e reconhece o legado do PT, agora representado pela socióloga que vem engolindo como um tornado o voto de oposição do eleitorado de esquerda, que Marcivânia achava que pertenceria somente a ela, mas que o cenário mostra que não existe votos de cabresto no campo da oposição e dos eleitores, que são contra o atual quadro devastador do município de Santana.


Não é somente Isabel Nogueira que incomoda e forçou a tardia candidatura de Marcivânia. A deputada também foi engolida por outras novas lideranças que também cresceram em suas pré-campanhas, tais como Ofirney Sadala (PSDC), Zilma (DEM) e Elias Real (PRTB), revelando aos analistas políticos de plantão que não vivenciam a política santanense que Marcivânia não é o “bicho papão” que alguns acreditavam que fosse. 


Esse é o cenário desolador que torna a última cartada de Marcivânia um ato de desespero, achando que os outros pré-candidatos poderiam recuar para apoiá-la, além do eleitorado que poderia mudar de opinião após já ter uma prévia do cenário e ter optado por Isabel Nogueira, Ofirney, Zilma ou Elias.


Os estrategistas da deputada deram com a cara na porta, quando na verdade os outros nomes da oposição já estão com suas candidaturas consolidadas e alianças feitas, engolindo inclusive a maior parte do tempo de TV e rádio, que vai fazer falta para a deputada justificar porque se calou diante dos desmandos em Santana e os motivos de não ajudar o município com seu pífio mandato de deputada federal.


A decisão tardia de Marcivânia pode colocar uma 'pá de cal' no seu futuro político, pois o povo não perdoa traidores e principalmente quem trai a confiança do povo, ao brincar com o sentimento do eleitorado santanense.

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